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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NÃO CONSIGO CONFIAR NO MEU CÔNJUGE


Perguntaram-me se confio plenamente em meu esposo. Preciso confessar que, apesar de ele ser um homem íntegro e de caráter, não confio. Não confio nele, não confio em mim e não confio em nenhum outro ser humano. “Nossa Dani, mas que insegurança é essa?” Eu explico.

O ser humano é falho, e isso é fato: "Não há nenhum justo, nem um sequer; [...] Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer [...], pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus." Romanos 3:10, 12, 23

Por mais santo e honesto que seu cônjuge busque ou aparente ser, nunca será capaz de se livrar de sua natureza pecaminosa. Em alguma área da vida acabará caindo, em pensamentos ou ações. Somos assim, nascemos assim. Sabemos o que é certo, desejamos o bem, mas nosso corpo mortal caminha no fluxo contrário. O apóstolo Paulo, homem escolhido e transformado por Deus para ser o maior proclamador do Evangelho de todos os tempos, tinha total consciência desta realidade:

“Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. E, se faço o que não desejo, admito que a lei é boa. Neste caso, não sou mais eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros.” Romanos 7:15-23

E o que dizer de Davi, homem segundo coração de Deus, que apesar de possuir centenas de mulheres, desejou a mulher alheia? E não só desejou, mas a possuiu, engravidou, mentiu, matou o seu esposo e por fim, tomou-a por mulher.

Davi amava a Deus e buscava fazer sua vontade, mas foi completamente dominado por sua natureza pecaminosa, a ponto de não sentir remorso algum diante desta terrível situação. E só tomou consciência de seu pecado quando foi confrontado pelo próprio Deus, através do profeta Natã:

"... Eu o ungi rei de Israel e o livrei das mãos de Saul. Dei-lhe a casa e as mulheres de seu senhor. Dei-lhe a nação de Israel e de Judá. E, se tudo isso não fosse suficiente, eu lhe teria dado mais ainda. Por que você desprezou a palavra o Senhor, fazendo o que ele reprova?" 2 Samuel 12: 7-9

As dezenas de e-mails que recebo semanalmente só testificam que os problemas continuam os mesmos, apenas com histórias diferentes:

"Meu marido é líder de jovens na igreja, como foi capaz de uma coisa dessas?", "Somos líderes de casais há anos, como vamos continuar nesta posição depois do que aconteceu?", "Ele é exemplo de pastor, referência na nossa cidade, casado e pai de três filhos... Como foi capaz?", "Busco a Deus, choro diante dele, leio a Bíblia, frequento a igreja desde que nasci, mas não consigo me libertar deste vício!", "Nunca imaginei que pudesse passar por isso! Ela parecia ser tão confiável!", "Parecia uma pessoa tão boa, honesta, praticamente um santo!"

Estes são apenas alguns dos exemplos que escuto/leio todos os dias.

E diante desta realidade, como conviver com uma pessoa que a qualquer momento poderá trair sua confiança? Como sentir segurança no casamento? Como não viver assombrado pela desconfiança? Desculpe lhe decepcionar, mas não existe um ser humano sequer digno de total confiança, por mais correto e santo que pareça ser. Não cometa o erro de confiar plenamente em seu cônjuge. Seria o mesmo que desejar ver um tamanduá saindo de um ovo de galinha, algo completamente contrário a natureza!

Por isso, não ore a Deus por um cônjuge confiável, mas clame e anseie por um cônjuge humilde. “Mas o que isso tem a ver com confiança?” Uma pessoa humilde não tem vergonha de reconhecer suas fraquezas e imperfeições. É capaz de rasgar seu coração diante de Deus e de seu cônjuge, assim como fez Davi quando se deu conta do pecado:

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, por teu amor; por tua grande compaixão apaga as minhas transgressões. Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue. Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me. Sei que sou pecador desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe. Sei que desejas a verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria. Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei. Faze-me ouvir de novo júbilo e alegria; e os ossos que esmagaste exultarão. Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável. Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito. Devolve-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito pronto a obedecer. Então ensinarei os teus caminhos aos transgressores, para que os pecadores se voltem para ti. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” Salmos 51:1-13, 17

Humildade genuína gera arrependimento genuíno, e arrependimento genuíno gera transformação de vida. Um cônjuge humilde nunca terá receio de dizer que odeia o seu pecado e que luta vorazmente contra ele, e como acabamos de ler, nosso amado Deus não resiste a corações quebrantados e contritos, mas resiste fortemente àqueles que confiam em sua própria força:

“Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor. Ele será como um arbusto no deserto; não verá quando vier algum bem. Habitará nos lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém. Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está.” Jeremias 17:5-7

Sua total confiança deve estar no único digno de total confiança: Deus. Estando Nele e vivendo por Ele, a humildade virá como consequência. Um casal humilde em Deus, é também um casal perdoador, que sabe reconhecer sua humanidade corrompida e entende tamanho perdão recebido através da cruz: “Miserável homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” Romanos 7:24-25

Dessa forma, quando seu cônjuge te decepcionar, você terá humildade suficiente para dizer: "Sou tão pecador(a) quanto você. Talvez não tenha falhado nesta área, mas certamente falho em outras. Estamos juntos na luta contra a nossa natureza pecaminosa". O cônjuge sábio será instrumento valioso nesta caminhada, e aquele que busca ter o caráter de Cristo e o coração em Deus, sentirá grande tristeza ao pecar contra seu/sua amado(a), tristeza esta que o levará ao único caminho: arrependimento genuíno. E como disse anteriormente, arrependimento genuíno gera transformação!

E o que fazer com um namorado que não está em Cristo e consequentemente vive dominado pelo pecado? Sendo muito sincera e realista? Prepare-se para sofrer, e muito. Quem avisa amigo é, e o risco de se casar é todo seu, pois como sabe ó mulher se salvará seu marido? Ou você, marido, como sabe se salvará sua mulher?" 1 Coríntios 7:16

Agora, se você já está casado, foi traído e não enxerga o desejo de mudança em seu cônjuge, tem dois caminhos a seguir:

1 - Confiar na transformação do cônjuge, mesmo que ela demore anos para acontecer, clamando diariamente a Deus pela vida dele e suportando em amor todas as adversidades (que não serão poucas);

2 - Entregar os pontos. Se você já tentou de tudo, tudo mesmo, e sente que não tem mais forças inclusive para viver, se o pecado do seu cônjuge tem esmagado a sua alma e trazido conflitos diários para vida de sua família, transformando seu lar em um verdadeiro inferno, talvez seja o momento de realizar a amputação: um mal menor em relação ao mal maior. O divórcio é equivalente a uma amputação para um corpo que está com infecção generalizada, ou se arranca o pedaço gerador da infecção ou o corpo todo morre. Deus nos chamou para vivermos em paz!

Cobrar, criticar, acusar, reclamar não é uma opção para aquele que tem total consciência do que foi falado aqui. O Espírito Santo é quem convence o homem do pecado, e você definitivamente não é o Espírito Santo.

A minha oração é para que o toque do Senhor seja irresistível à você e à seu cônjuge!

Por Dani Marques.

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