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quinta-feira, 10 de março de 2016

Reflexão aos Desigrejados


Igreja: Um Ajuntamento Regular, Localizável e Organizado




Deus não habita nem em prédios de tijolo nem em corações de pedra. Então, cabe perguntar, o que é uma igreja? Bem, igreja, conforme o Novo Testamento é um ajuntamento regular, localizável e organizado. O próprio nome grego (Εκκλησία – Eclésia – Assembleia) já demanda, por si só, estas características.

Assim, não é possível estabelecer um conceito sobre igreja a partir de um modelo anárquico, ou seja, algo que acontece a revelia de todos os padrões mínimos que caracterizam a formação e o estabelecimento de grupos sociais com objetivos comuns.

É impossível pensar em igreja sem regularidade, pois, se não há um propósito para o ajuntamento, o que existe é a informalidade do encontro e tal característica, dificilmente, viabiliza a perenidade de um grupo humano. O que faz com que laços se constituam e se mantenham é a regularidade do convívio, pois, como é possível a comunidade de fé ser um Corpo se cada membro tem sua própria agenda e, sendo assim, não prioriza o encontro que atende a objetivos comuns?

Também não é possível ser igreja sem que haja um lugar para o culto, o partir do pão, a adoração, a coleta para os necessitados, o serviço solidário, o exercício dos dons, as missões, o ensino e tantas outras características que vemos no livro dos Atos e nas epístolas.

A igreja é Universal, no sentido de sua constituição atemporal, não espacial e mística, como Corpo de Cristo e Família de Deus, mas ela também é local, no sentido de seu ajuntamento geográfico formal! Todas as comunidades neotestamentárias possuíam um lugar próprio de encontro e culto, mesmo que ele fosse uma casa, um salão, ou até mesmo o cemitério! As cartas do Apocalipse, enviadas pelo próprio Senhor, bem como as cartas de Paulo, foram endereçadas a igrejas localizáveis e não apenas aos errantes espalhados pelo mundo anunciando a Salvação.

A existência de um lugar promove não só o acolhimento, mas até mesmo o desenvolvimento das pessoas, com estruturas adequadas para as ministrações, para a comunhão e o serviço. Desconstruir isso é investir na impessoalização da fé, num mundo onde tudo já está impregnado pelo virtual e pelo individual.

Por último, a igreja é organizada, uma vez que existem pessoas exercendo funções específicas e serviços sendo ministrados: assistência aos pobres, ensino das Escrituras, preparação e envio de missionários, atendimentos pastorais, atividades ligadas à oração, a adoração, dentre outros tantos. Sem uma organização, mínima que seja, não é possível uma estrutura funcionar. Não há pecado em formalizar as coisas, o pecado está no culto que se faz à forma!

Portanto, você pode ser de Deus e ser discípulo de Jesus mesmo escolhendo não se ajuntar, mas é impossível imaginar que uma igreja se estabeleça como algo casual, que acontece a qualquer hora, em qualquer lugar, ou informal, que promove encontros descompromissados. Não devemos confundir a vida dos que estão na igreja com a igreja em si.

No encontro de dois ou três, sem agenda, espaço ou propósito fixo, Jesus se faz presente, se ele for buscado e, como sabemos, Deus não se prende a templos e aboliu toda a geografia que diz respeito ao sagrado. Mas o encontro ocasional e fortuito, em absoluto, se constitui igreja e isso conforme o que nos está dito no livro dos Atos dos Apóstolos, nas Epístolas e no Apocalipse de João.

Assim, “Desigrejado”, para mim, não é o sujeito sem igreja, mas o que escolheu não ser igreja!
by C.M.

quarta-feira, 4 de março de 2015

VOLTAMOS...GRAÇAS A DEUS!!!

JESUS CONTRA O PRECONCEITO

Texto :  João 4:1-34

O Pr. Neil Barreto disse que o jejum, que Jesus pede, é o de nos negarmos para seguí-lo, isto é, que façamos jejum de nós mesmos. Do que se alimenta aquele que faz o jejum que Deus pede? Do que se alimenta aquele que negou-se a si mesmo? O que lhe dá compensação pessoal? No que ele se realiza? Quero responder à essas perguntas a partir do diálogo de Jesus com a mulher da Samaria. 

Jesus estava, estrategicamente, a voltar para Galiléia, e decidiu passar por Samaria, o texto diz: “era-lhe necessário atravessar a província de Samaria” - não era uma necessidade geográfica, ou seja, esse não era o único jeito de chegar na Galileia partindo do sul. Ele podia ir para a Galiléia sem passar pela Samaria, até porque a relação entre judeus e samaritanos era muito ruim, e, portanto, era sempre arriscado atravessar as terras samaritanas. Porém, como o evangelho de João nos diz, “era-lhe necessário atravessar a província de Samaria”, então, eu concluo que foi uma determinação de Jesus, alguma orientação que Ele recebeu do Pai, de que Ele tinha de passar por Samaria. 

Era hora do almoço, Ele estava com sede e os discípulos foram comprar comida. Ele estava a beira de um poço, quando veio uma mulher samaritana buscar água. O horário que essa mulher foi buscar água era absolutamente impróprio, pois a região era semi-desértica, fazia muito calor, e as mulheres não iam buscar água na hora do almoço. O fato daquela mulher estar lá, por volta do meio dia, significava que ela tinha algum problema com a comunidade dela. Ou ela não andava com as mulheres da comunidade, porque haviam sido proibidas de andar com ela, ou ela decidiu que não iria andar com as mulheres. Não sei. Porém uma coisa é certa, algo havia acontecido.

Jesus está no poço, ela chega, e Jesus diz: “Da-me de beber!" Ao ouvir isso, a mulher reagiu: “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber? Porque os judeus e os samaritanos não se davam." O que precisamos saber é que a situação era muito densa. Primeiro, um mestre não devia falar com uma mulher. Segundo, especialmente se fosse samaritana. Terceiro, um judeu não podia se alimentar ou beber em prato ou cuia de samaritano, pois, se isso acontecesse, ele ficaria quarenta dias sob maldição, impossibilitado de participar do culto a Deus.

O ódio dos judeus aos samaritanos era tão grande, que todo judeu, principalmente os fariseus, ao se levantarem de manhã, davam graças a Deus por não terem nascido nem mulher e nem samaritano. Por isso que, quando Jesus diz à mulher: “Da-me de beber", ele estava quebrando um grande preconceito, na verdade quatro: o primeiro preconceito, que Ele ele quebra, era o de falar com uma mulher, o segundo, era o de falar com alguém samaritano, o terceiro, era o de  pedir para beber água no mesmo copo que ela (o que o tornaria imundo para os judeus) e, o quarto, era discutir teologia com a mulher.

Quando a mulher diz “ Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?”, Jesus se explica, e começa uma conversa teológica com a mulher, o que era absolutamente proibido, pois os mestres não podiam falar com as mulheres, e as mulheres não tinham o direito de receber nenhuma informação sobre a revelação, sobre as Escrituras e sobre a vontade de Deus. Essas verdades divinas, só podiam ser ditas aos homens, e eles as passavam para as mulheres (esposa, filhas, irmãs), pois elas não tinham acesso direto. 

Jesus começa a dizer para ela: “Se você conhecesse o dom de Deus e quem lhe está pedindo água, você lhe teria pedido e ele lhe teria dado água viva”. Água viva, naquela época era a forma de se referir à um rio de águas correntes. Ele quem puxa o assunto, Ele que chama a mulher para conversar sobre coisas espirituais, o que significa que Jesus está quebrando todos os padrões ao começar essa conversa. A mulher, dando continuidade à conversa diz: “ O senhor não tem com que tirar água, e o poço é fundo. Onde pode conseguir essa água viva?”  Ela está sob impacto de um homem judeu que pede para beber água do mesmo copo que ela, então, percebe que Ele está tratando de uma coisa espiritual e diz: “ és, porventura, maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, bem como seus filhos e seu gado?” E Jesus diz que era maior que Jacó ao dizer: “Quem beber dessa água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrario, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” . Ele estava falando do Espirito Santo, o que o faz quebrar outro preconceito, oferecendo o Espirito Santo para uma mulher samaritana (que é o cumprimento da profecia de Joel, que os judeus entenderam que era apenas para eles. Jesus oferece a profecia, que, portanto, seria apenas para os judeus, para a mulher samaritana). 

Com Jesus dando continuidade à conversa, a mulher responde: “Senhor, dê-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água”. Nesse momento, parece que Jesus retoma á posição de mestre, e diz a ela: “Vá, chame o seu marido e volte”, ao que ela respondeu: “Não tenho marido” , e Jesus replicou: “Você falou corretamente, dizendo que não tem marido. O fato é que você já teve cinco; e o homem com quem agora vive não é seu marido. O que você acabou de dizer é verdade.” A mulher leva um susto e diz: “Vejo que és profeta!”. 

Agora, o que Ele diz dessa mulher é muito curioso, pois essa mulher teve cinco maridos. A gente tem, como a primeira impressão, a de que estamos tratando com uma mulher com um problema moral seríssimo, porém, não faz sentido pensar assim, porque ela teve cinco maridos, não cinco amantes. Ela devia ser uma mulher extraordinária, pois cinco homens quiseram se casar com ela. Mas, quatro maridos deram-lhe carta de divórcio, e o quinto, deve tê-la repudiado; ela se une a um sexto homem, mas esse homem não é seu marido. Do ponto de vista daquela tradição, tanto da judaica quanto da samaritana, ela estava em pecado, porque o quinto marido, provavelmente, a repudiou. Quando o sexto homem quis se casar com ela, mesmo assim, ele não pôde, pois ela havia sido repudiada, não havia recebido carta de divórcio, então, o relacionamento era tido como adulterino.

Que mulher extraordinária é essa, que cinco homens querem se casar com ela? E que mulher é essa que quatro homens deram-lhe carta de divórcio e o quinto, provavelmente, a repudiou? Não deve ser por questões morais, porque se fosse, ela não se casaria pela segunda vez... De jeito nenhum! Essa história de sucessivos casamentos, fruto do desejo que despertava, mesclada com sucessivas rejeições, parece que se explica por ela ser o tipo de mulher que ela demonstra ser, nesse diálogo com Jesus, uma mulher que tem opinião própria, o que, naquela época, era o mesmo que ofender séria e profundamente a um homem. 

Me lembro que, certa feita, os organizadores de um congresso de missões, trouxeram do Oriente Médio, um ex muçulmano convertido à Cristo, que era uma espécie de consultor para missionários ocidentais que queriam ir para o Oriente Médio, que sempre era chamado para dar treinamento a esses missionários. 

Naquele congresso especifico, algumas irmãs pediram para ter uma reunião com ele, pois queriam saber como poderiam ir para o Oriente Médio para evangelizar as mulheres. Esse irmão, então, começou a aula para as mulheres dizendo que elas nunca iriam conseguir evangelizar as mulheres do mundo dele. Quando elas perguntaram, por quê? Ele disse “Porque as senhoras estão olhando nos meus olhos, me fazendo uma pergunta direta, e não pediram licença para fazer a pergunta. Isso é inadmissível para uma mulher na minha cultura. Elas estariam olhando para o chão, não me contestariam, e pediriam permissão para me fazer uma pergunta”. 

Essa mulher samaritana tinha essa postura, reprovada pelo consultor missionário, de quem não se submete facilmente, de que tem opinião própria, de quem quer participar, e isso era um tabu. E vemos isso na forma como ela fala com Jesus, se contrapondo a Ele: “Como o senhor, sendo judeu, pede a mim, uma samaritana, água para beber?”. Quando ela diz: “acaso o senhor é maior do que o nosso pai Jacó?”, vemos a percepção teológica dessa mulher. Ela sabe que está diante de um milagre, pois, aquele poço tinha mais de mil anos, e continuava a dar água.  

Ao ser perguntado se era maior que Jacó, Jesus responde, como se dissesse: “Sou, pois que o eu ofereço é Vida Eterna, e Jacó não tinha como oferecer isso”. Assim que a mulher disse que queria da água, Jesus pede para ela chamar seu marido, ao que ela revela que não tinha marido. É como se ela dissesse: não tenho ninguém a quem chamar, não chamarei ninguém, se quiser falar sobre algo comigo, faça-o a mim, ou não o fará. Essa senhora parece mais uma precursora do que chamaríamos, hoje, de emancipação feminina.

Quando aquela mulher disse a Jesus que não tinha marido, foi surpreendida por Jesus que disse: “é verdade, pois, esse que está com você, agora, não é seu marido, isso você falou com verdade”. Estamos diante de uma mulher especial, sofrendo o tabu da sua geração. 

Porém, ela está sendo salva por um Deus que quebra tabus, desconsidera preconceitos e liberta os homens dos efeitos destes preconceitos, assim como clama aos preconceituosos que se arrependam, enquanto é possível. Preconceito é o supra-sumo da auto veneração. Qualquer pessoa que discrimine a outro ser humano é réu do inferno.

Jesus começa a dizer-lhe algo que ela jamais esperaria ouvir de um homem, ainda mais de um judeu, ainda mais de um mestre. Ela diz, “senhor, vejo que tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte, vós, entretanto dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” e Jesus lhe disse, “Mulher, podes crer que a hora vem quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai, vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos porque a salvação vem dos judeus, mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espirito, e importa que seus adoradores o adorem em espirito e em verdade”. Essa frase de Jesus é extraordinária, porque adorar não é cantar. Adorar, é pedir perdão para Deus. 

Quando ela diz “nossos pais adoravam nesse monte” está apontando para o monte Gerizim, onde as tribos do norte construíram um templo, que rivalizava com o templo de Jerusalem. Historicamente, o monte de Gerizim era o lugar mais adequado para construir um templo, pois quase tudo o que aconteceu na história de Israel em termos de adoração a Deus, aconteceu no monte Gerizim. Davi, entretanto, conquistou a terra dos Jebuzeus, conquistou o monte Sião, conquistou Jerusalém, e o Senhor decidiu que se poderia construir o templo em Jerusalem. 

O que se fazia no templo? A pessoa que ia no templo, tanto em Gerizim, quanto em Jerusalem, ia pedir perdão. Por que o sujeito está indo no templo? Porque ele quebrou a lei de Moisés e vai levar um animal para morrer no lugar dele. Adorar a Deus, é pedir perdão. 

E isso me parece absolutamente natural, porque tudo o que eu disser a Deus, não o alcança. Eu posso dizer que Deus é bom, mas o bom que eu sou capaz de dizer é infinitamente menor do que o bom que Deus é. Eu posso dizer que Deus é amor, mas o amor que eu sou capaz de dizer, é infinitamente menor que o amor que Deus é. Então quando é que a minha palavra realmente toca Deus? Quando eu digo a Ele: ‘ Me perdoa Senhor, faça em mim a tua vontade’. Isso é adorar a Deus.
Jesus diz para a mulher “O lugar de adorar é em Jerusalém, pois a Salvação vem dos judeus, nós recebemos a revelação, "mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade”, ou seja, já chegou a hora, em que você vai poder pedir perdão a Deus a qualquer hora e em qualquer lugar. Porque Deus é espirito, então Ele está em todos os lugares, Deus não pode ser contido em lugar nenhum e em espaço algum. 

Se ela tivesse ido mais longe na conversa, poderia ter feito duas perguntas. A primeira pergunta seria: ‘então não precisa mais de templo?’ e Jesus diria ‘ não, não precisa mais de templo, nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim. O templo passará a ser você e todo lugar.’ A segunda pergunta que ela poderia ter feito é:  ‘e quem vai morrer em meu lugar?’ E Jesus responderia: ‘eu morro no seu lugar’. 

Repare que essa mulher é brilhante, pois quando ela diz a Jesus “Nossos pais adoravam neste monte, vós, entretanto dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” o que ela estava querendo dizer a Jesus era algo, como: ‘eu sei que tenho um problema para resolver com Deus, mas ninguém mais sabe aonde se resolve o problema com Deus, os nossos pais disseram que era em Gerizim, e vocês dizem que é em Jerusalém, ou seja, não se sabe, ao certo, de nada’

Jesus interrompe a mulher e diz algo, como: ‘você sabe sim, é lá em Jerusalém. Nós adoramos o que conhecemos e vocês adoram o que não conhecem, porque a salvação vem dos judeus’. O assunto é Salvação. Ele continua: ‘mas chegou a hora em que você vai poder pedir perdão a Deus em qualquer lugar’. 

A mulher diz algo parecido a: ‘eu sei, que muitas coisas vão mudar, QUANDO VIER O MESSIAS CHAMADO O CRISTO!’ Os fariseus não perceberam isso, e ela percebeu. O que ela parece dizer é:  ‘eu sei que tudo é provisório e somente o Messias, quando vier, nos anunciará todas as coisas, e trará o definitivo. Isso foi tão extraordinário, que ela “forçou” Jesus a se revelar! E ele diz: 'o Cristo sou EU. EU que falo contigo!' Jesus se revela como aquele que veio anunciar todas as coisas. 

Ela percebeu que tudo era provisório e que só havia um alguém capaz de mudar isso, de pôr fim à provisoriedade dessas coisas, e esse alguém era o Messias. É como se ela estivesse dizendo a ela estava dizendo a Jesus: ‘O senhor pode ser profeta, mas o senhor está indo longe demais. Só o Messias pode mudar isso’, e Jesus responde, algo como: ‘exato! Eu sou o Messias, eu vim para mudar todas as coisa!’ 

Jesus quebrou muitos preconceitos nesse texto. Primeiro, o dos judeus com os samaritanos ao conversar com uma mulher samaritana; depois, o dos homens judeus contra as mulheres; depois, o da cuia comum, pois, um judeu não podia beber água na mesma cuia que um samaritano (pois se ele o fizesse estaria imundo e ficaria 40 dias sem poder prestar culto a Deus); depois, quando começou a falar com a mulher, Jesus a tratou como se tratava um mestre, pois ficaram discutindo assuntos teológicos. E mais, Jesus ofereceu Água Viva (o Espírito Santo) para aquela mulher já cansada de tanto tabu, de tanto divórcio, só porque tinha opinião própria, e de, agora, estar exposta ao vitupério por causa de uma sociedade preconceituosa. A Água Viva, a presença do Espírito Santo, seria a vida eterna dentro dela, que a tornaria uma pessoa acima de qualquer preconceito, ou melhor, além de qualquer preconceituoso.

Quando qualquer pessoa trata o próximo com e a partir do preconceito, essa pessoa demonstra ser um assassino em potencial, e se torna réu do inferno. Estamos assistindo isso no Brasil cada vez mais. Em pleno século XXI está ficando cada vez pior ser negro no Brasil, e eu vejo isso dentro da igreja. Esse preconceito deve estar consumindo Jesus, no que resta de seus sofrimentos pela Igreja.

Do quê se alimenta alguém que fez jejum de si mesmo? Ele se alimenta de libertar o próximo, de todos aqueles que não conseguem fazer jejum de si mesmo. E nesse mundo moderno, nós temos o preconceito racial sendo retomado ao nível da náusea, e temos esse preconceito com as mulheres que estão sendo tratadas, cada vez mais, como se todas elas fossem escravas sexuais: na violência que sofrem no ambiente doméstico, nas violações, na forma como são tratadas e na forma como são expostas na mídia, como se fossem mercadorias.

Então, do quê que se alimenta alguém que faz jejum de si mesmo? Se alimenta da disposição e da disponibilidade nas mãos de Deus para libertar todos aqueles que sofrem preconceito por parte de gente que se recusa a fazer jejum de si mesmo. E a denunciar todo esse nível de preconceito. 

Jesus libertou essa mulher de uma forma impressionante. Jesus ainda vai quebrar mais preconceitos, porque, quando chegam os judeus, seus discípulos, eles se admiram. Nesse trecho: “Os discípulos chegaram e se admiraram”, é interessante notar a reação descrita - o ‘se admiraram’ é levar um susto, se surpreender. Como se eles estivessem dizendo: “o que deu nele?” Mas como era Jesus, eles não disseram nada. 

Então começaram a oferecer comida para Jesus, que disse ter uma comida que ninguém conhecia, e que a comida, que ele tinha, era fazer a vontade daquele o havia enviado. “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou a realizar a sua obra”. Qual é a obra de Deus? Libertar os seres humanos de toda forma de opressão, a começar pela opressão que nasce do preconceito, que é a opressão mais comum porque é a menos rechaçada. E é a menos enfrentada porque é socialmente aceita. Por exemplo, é socialmente aceito um sujeito fazer piada às custas das mulheres ou dos pretos, ou de quaisquer etnias. A discriminação foi assimilada. E as mulheres se submetem, pois tem de sobreviver, e a maioria dos negros também se submetem, pois, às vezes, parece que não há o que fazer.

Este é um país que assassina pretos e pobres, é uma veia aberta na rua, o sangue jorra nas sarjetas desse país. A barbárie, o preconceito, a discriminação, o desrespeito. Se eu fosse dar outro nome para essa mensagem, eu daria “Jesus contra o Brasil”. Esse país preconceituoso, e em muitos casos, preconceituoso em nome de Deus, que é um acinte, um achincalhe da fé.

O que Jesus fez com a mulher samaritana foi quebrar preconceitos: um atrás do outro. certamente, muito mais do que nos é possível imaginar. Estamos há dois mil anos do evento, e, por causa do nosso limite, em relação à cultura, não conseguimos ter toda a ideia do que estava acontecendo ali. 

É o mesmo caso de Marta e Maria, quando Marta estava preocupada arrumando a casa e exigindo a presença de Maria, enquanto Maria estava desfrutando da presença de Jesus. Parece que Jesus está sendo injusto com a Marta, porque ela realmente estava tendo trabalho, mas não era essa a questão. A questão é que Maria estava sentada aos pés de Jesus ouvindo os ensinos dele, e isso só era permitido aos homens. Só os homens podiam ser discipulos, as mulheres não, então as mulheres não se assentavam aos pés dos mestres. Marta estava tentando salvar a Maria da vergonha, e Jesus do vexame. Mas Jesus aceita a presença de Maria, o que significava que ele aceitava Maria como discípula, e adverte Marta sobre sua agitação. Na verdade, o que Jesus estava dizendo é: ‘Marta, você também devia se sentar aqui’. Não temos ideia de quantos tabus e preconceitos que Jesus rompeu.

A pergunta que nós fizemos foi: do quê se alimenta aquele que fez jejum de si mesmo? Ele se alimenta de ser instrumento de Deus para a realização da sua obra. E qual é a obra de Deus? Libertar os homens de toda a sorte de opressão, a começar pelo preconceito. Essa é a obra de Deus.

Aquela mulher levou todos de sua aldeia para encontrar com Jesus, e eles se converteram. Jesus quebrou mais um tabu, pregou o evangelho, apresentou-se, ele o Messias de Israel, aos samaritanos, e os samaritanos creram nEle. Os judeus devem ter ficado muito irritados com Jesus!

Que nós, a Igreja de Jesus, entendamos qual é o nosso papel na Terra, temos de sair dessa religião individualista, que vive pedindo benção para Deus, mas nunca se torna benção na mão de Deus. Por quê esse país tornou-se esse câncer exposto quando a fé cristã parece crescer tanto? Porque a fé cristã que está crescendo, não é a fé que, de um lado faz jejum de si mesmo, e, de outro lado, se alimenta em realizar a obra de libertação de Deus.
Para nós, homens, cumprirmos o nosso papel masculino e sermos os sacerdotes da nossa casa, nós não precisamos ter medo da inteligência, quanto mais brilhante for a pessoa que estiver do nosso lado, mais fácil é ser sacerdote. Os homens estão abrindo mão da sua postura de sacerdotes do lar e estão, cada vez mais, se assumindo como gente que se defende, sendo cada vez mais violentos. E a violência é a arma dos incompetentes, dos que perderam o seu sentido de função na história, e perderam a sua identidade.

Homem, seja o sacerdote da sua casa, seja o sujeito que leva a sua casa a orar, seja o sujeito que leva a sua casa para Deus. E que Deus o tenha agraciado com esposa e filhos brilhantes. E não pense que autoridade é a arte de mandar, autoridade é a arte de ser admirado, e quanto mais uma pessoa aprende a ouvir e a ponderar, antes de decidir, mais admirado é. Porque na multidão dos conselhos há sabedoria.

Jesus quebrou muitos tabus sem, em nenhum momento, abrir mão da sua posição. Nesse texto, Jesus denunciou o preconceito de uma geração, libertando uma mulher de um estigma negativo, e, na prática, dizendo para ela: “ Eu vim lhe trazer Vida Eterna! E a Vida Eterna fará você transcender, superar qualquer preconceito e enfrentar os preconceituosos.” Que Deus nos abençoe!  by A.R.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

ACORDA POVO DE DEUS!!!


Pr.Josué Lima

O movimento defensor das causas homossexuais, o LGBT (Lésbias, Gays, Bissexuais e Travestis), tem tentado impedir a atuação das Capelanias Evangélicas em hospitais.

O grupo tem realizado acusações difamatórias à Associação de Capelania Evangélica Hospitalar, principalmente à capelã Eleny Vassão de Paula Aitken, que atua no Centro de Referência e Treinamento em DST-AIDS (CRT-AIDS), e no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na cidade de São Paulo.

Artigos e comentários publicados na internet referem-se ironicamente ao trabalho realizado pelas capelanias evangélicas, em um dos textos, de Cláudio Celso Monteiro Jr. cita, traz o título “A homofobia (institucional) nossa de cada dia”, e outro, “Fundamentalismo religioso invade hospitais brasileiros”, de Ricardo Aguieiras.

Também foram dirigidas críticas à Igreja Presbiteriana do Brasil, ao ser citado o livro “A missão da igreja gente a AIDS”, publicado pela Editora Cultura Cristã, há quase 20 anos.

Nos textos os grupos evangélicos são acusados de “homofobia”, “atendimento espiritual de maneira invasiva” e até de “sérias falhas em questões de biossegurança”. Mas, além da manifestação realizada através dos artigos as acusações já foram também realizadas verbalmente, direcionadas às diretorias dos hospitais que recebem assistência das capelanias evangélicas.

Desta forma, o trabalho dos evangélicos nos hospitais está correndo risco de ser interrompido, já que a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sxual e Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania da Cidade de São Paulo tem apoiado o posicionamento dos grupos LGBT.

Com um tradicional trabalho de mais de 30 anos e atuante em mais de 200 hospitais brasileiros, a Associação de Capelania Evangélica Hospitalar, numa tentativa de se defender seu trabalho e também de alertar a igreja brasileira sobre a situação, lançou uma nota em seu site convocando todos para um abaixo-assinado virtual, como apoio à instituição.

A intolerância do movimento LGBTque busca seus direitos, a cada procura rasgar a Constituição Fedaral, tentando anular a liberdade de expressão e de religião. A implantação da Ditadura Gay patrocinada pela esquerda (leia-se PT) procura a todo custo banir o Cristianismo na nação brasileira.

Os evangélicos no Brasil nunca sonharam em dias tão difíceis como os atuais, e infelizmente muitos líderes ainda não acordaram para a realidade desta situação caótica que estamos vivendo.

As próximas eleições municipais se aproximam e seria de vital importância que nossa liderança evangélica se reunisse e unisse para promover um entendimento que viesse neutralizar o avanço da esquerda diabólica que está comprometida com toda a sorte de misérias pecaminosas.

A cada dia que passa a nossa liberdade religiosa diminui cada vez mais, e líderes evangélicos brigando na televisão, causando escândalos e enfraquecendo o povo evangélico. 

ISLAMISMO

Luis A R Branco

Acredito que ao trazer este tema para reflexão num país como o Brasil parece completamente desnecessário. No entanto, há algumas informações que acredito ser desconhecida pela maioria dos brasileiros. Segundo os dados do IBGE[1], de 2010, existem no Brasil atualmente 35.167 praticantes da fé islâmica, com um crescimento de aproximadamente 25% entre 2001 e 2011. No entanto, o manual de oração pelos muçulmanos no mundo produzido pela 30-DAYS INTERNATIONAL, ao que parece um ministério da JOCUM INTERNACIONAL, diz que autoridades religiosas (islâmicas) estimam que há entre 70 mil a 300 mil[2] muçulmanos no Brasil. Acredito que os números divulgados pela 30-DAYS INTERNACIONAL parecem me mais apropriados para a realidade brasileira. Se juntarmos estes números com os números dos muçulmanos na Argentina e Paraguai, que criaram basicamente um corredor islâmico na tríplice fronteira entre o Brasil e estes dois países, o numero pode ser muito maior. Não é à toa que os EUA estejam de olho neste espaço, que tem servido para financiar grupos terroristas islâmicos em outras partes do mundo, como mostra o documento desenvolvido pelo Tenente-Coronel Philip K. Abbott, do Exército dos EUA[3].

Acredito que esta realidade islâmica brasileira nos deve despertar para alguns pontos importantes: 1. A evangelização destes povos que chegam ao Brasil - É uma oportunidade maravilhosa concedida pelo Senhor, ter tantos muçulmanos vivendo em nossa terra e que carecem do Evangelho de Jesus Cristo. Mas infelizmente a maioria das igreja evangélicas brasileiras têm perdido esta oportunidade de desenvolver algum tipo de ministério para este grupo. 2. O Brasil tem a ganhar quando pensamos na riqueza cultural e financeira que este grupo pode trazer para o Brasil. Algumas companhias aéreas já oferecem voos diretos entre o Brasil e o Oriente Médio, o que contribui para o desenvolvimento das duas regiões. 3. O Brasil precisa de fato melhorar o controle e a segurança entre este grupo, onde radicais islâmicos se infiltram com facilidade para conseguir fundos e recrutar pessoas para práticas terroristas em outras partes do mundo. Especialmente agora em que o Brasil hospedará dois grandes eventos mundiais, é imprescindível um alerta constante das autoridades. Felizmente o Brasil é um país pacifico, mas outros países mais pacíficos que o Brasil, como a Noruega, já foram vítima destes grupos radicais, com o ataque terrorista da sinagoga judaica em Oslo em Setembro de 2006. 4. É preciso estar alerta para a estratégia proselitista muçulmana, que entre outras praticas promovem o ensino grátis da língua árabe, convites para as suas festas religiosas e em especial o casamento com mulheres cristãs. Apenas na Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, aproximadamente 59 mil mulheres se converteram aos islamismo depois de terem se casado com homens muçulmanos[4].

Como cristão quero ver este grande número de muçulmanos no Brasil como oportunidades que Deus nos tem dado como igreja brasileira de fazer missões em nossa própria terra. Já existem organizações cristãs trabalhando entre estes grupos, informação que você pode procurar em sua igreja junto com seu pastor e apoiá-los em oração e financeiramente.

Islamismo no Ocidente e no Brasil

Magno Paganelli 


O Islã vem aí; a bem da verdade já chegou. O avanço islâmico para o ocidente usa a mesma estratégia do Cristianismo quando faz missões. Os estrategistas islâmicos acreditam que o próprio Allah, prevendo a necessidade de fundos para financiar o avanço missionário muçulmano, confiou as reservas mundiais de petróleo às nações muçulmanas. 1

O espaço disponível aqui para esta questão da expansão islâmica é pequeno. No entanto, quero destacar alguns pontos-chave que indicam a mobilização islâmica neste sentido.

O Islã tem disposto não de um, mas de três meios pelos quais demarca o seu território nos países ocidentais: imigração, conversão e natalidade. Em todos os países da Europa e nos Estados Unidos a população árabe muçulmana imigrante cresceu, além dos descendentes nascidos nessas regiões.

Na Inglaterra. Nos últimos 30 anos a população muçulmana cresceu de 28 mil para 2,5 milhões de pessoas. Na França em 2008 eram 5 milhões. Na Holanda, 50% dos recém-nascidos são crianças muçulmanas. Na Bélgica, 25% da população e 50% dos nascimentos é de muçulmanos. O Governo daquele país declarou que em 2025, um terço dos recém-nascidos na Europa será de famílias muçulmanas. Declaração semelhante foi feita pelo Governo Alemão, que disse prever a Alemanha como um país muçulmano até 2050.

Os muçulmanos já veem esses sinais. O recém-assassinado General Kadhafi disse:

Há sinais de que Alá garantirá vitória ao Islã na Europa sem espadas, sem armas, sem conquistas. Não precisamos de terroristas ou bombas homicidas.

É esperado que os mais de 52 milhões de muçulmanos que vivem na Europa dobre sua população em até vinte anos. Nas Américas os números não são diferentes. No Canadá o crescimento populacional total registrado entre os anos 2000 e 2006 foi de 1,6 milhão, sendo que 1,2 milhão foi de imigração. Nos Estados Unidos a taxa de fertilidade é de 1,6 filhos e chega a 2,11 somente se somada à imigração latina. Em 1970 havia 100.000 muçulmanos nos Estados Unidos, hoje há 9 milhões.
Fieis no centro de Paris. Mesquitas já não comportam a todos e centenas rezam do lado de fora.
Por conta disso, mesquitas têm sido construídas nos principais centros que antes eram referência para os cristãos. A Mesquita de Roma, uma afronta o Vaticano na terra do Catolocismo e uma Mesquita em Genebra, no marco do Protestantismo. Mas em Meca, um cristão não pode nem mesmo aproximar-se da mesquita principal. Mas a ousadia islâmica nunca foi tão longe como nos Estados Unidos, onde líderes islâmicos anunciaram a intensão de construir uma mesquita e um centro de cultura islâmica em rua próxima ao Marco Zero. O Conselho Municipal de Manhatan aprovou a sua construção e o Presidente Obama manifestou-se favorável. As famílias das vítimas dos atentados mostraram-se incorformadas.

Enquanto os protestos contra novas mesquitas em Nova Iorque, Tennessee e Califórnia ganharam as manchetes, o número total de mesquitas cresceu em silêncio, subindo de 1.209 em 2000 para 2.106 em 2010. 74% de crescimento em dez anos.

Essas estatísticas apontam, ainda, noutra direção além do seu valor ou desdobramento no que tange à questão da cultura. Há implicações econômicas, por exemplo. Enquanto a população economicamente ativa diminui, a população idosa aumenta. A Grécia, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos revelaram nesta década os efeitos dramáticos desse modelo. A força de trabalho ativa não conseguiu sustentar o número de aposentados em função do desequilíbrio entre os trabalhadores ativos e inativos. É inevitável que num cenário assim a economia seja posta nas mãos de quem detém a força de trabalho, no caso, muçulmanos com sua numerosa população.

Na Conferência de Chicago, dezenas de nações islâmicas se reuniram para discutir a islamificação da América através de meios como o jornalismo, a política e a educação.

A América Latina também tem números expressivos de muçulmanos. No Brasil a população estimada é de 1,5 milhão. Somente no Estado de São Paulo os muçulmanos são 400 mil. Na tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai, há um grupo radical islâmico. Um muçulmano xiita da região converteu-se e passou a frequentar a comunidade metodista. Logo houve ataques, agressões e ameaças contra esse irmão e seu pastor. (2)

No mais, a estratégia para basear-se na América do Sul é a mesma. Aumentar a população, influenciar na política e na educação. O primeiro ponto já está em andamento por aqui. O segundo também. Na Inglaterra já há um partido islâmico e eles já aprovaram leis voltadas para a sua comunidade. O Brasil não fica atrás. Em 1998 ocorreu um Congresso Islâmico em São Bernardo do Campo (SP) com 147 representantes de diversas sociedades islâmicas do país. O congresso deliberou pela criação de uma comissão provisória com vistas à criação de um partido. (3)

 Em 2011, o Deputado mineiro pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Miguel Corrêa apresentou (em 06.07.2011) a PL 1780/11 que altera a Lei nº 9.394 (de 20 de dezembro de 1996), a chamada Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “cultura árabe e tradição islâmica” e dá outras providências. Esta PL 1780/11 foi retirada da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, mas não nos esqueçamos do que ocorreu com a PL 122, a PL da Homofobia, que mesmo depois de sua retirada da Mesa foi desarquivada com força ainda maior pela Senadora Marta Suplicy, do mesmo Partido dos Trabalhadores, e ganhou forte expressão nacional. Não pense o leitor que o fato de a PL 1780/11 não constar da pauta, que a questão está encerrada.

A presença nas instituições de ensino não é um mecanismo novo. Nos Estados Unidos as lideranças islâmicas já ocupam consideráveis espaços nas escolas secundárias, bem como em universidades. A proposta às reitorias e juntas diretivas é feita em face à necessidade de fornecer um departamento de estudos islâmicos no campus. A universidade cede o local e todo o recurso necessário é fornecido pelo Islã. Mulás são indicados para ensinarem, a fim de que haja garantia de que o Islã será bem representado. Isso também ocorre entre a comunidade local por meio das próprias instituições islâmicas já estabelecidas na sociedade, não apenas nos centros de educação.

No Brasil, há dezenas de instituições espalhadas por todo o território. Segundo o Centro Islâmico no Brasil, são dezessete mesquitas, doze centros culturais, vinte e três federações, assembleias e sociedades, cinco escolas e dois cemitérios. Se tudo isso parece novo para você, é bom começar a acostumar-se com a presença islâmica em nosso meio. O problema é quando começarem manifestar a imposição das suas leis em nosso país, até agora dito “de tradições cristãs”.

O esforço concentra-se também na publicação de obras em língua portuguesa. “O Islamismo tem se esmerado em atacar as doutrinas cristãs através de regulares publicações. Entre os vários livros cujo propósito é desacreditar as doutrinas cristãs, temos conosco alguns publicados em português no Brasil com este propósito. Entre eles destaco A Bíblia, o Alcorão e a Ciência por Dr. Maurice Bucaille. Há outros livros que se opõem as doutrinas cristãs como O Islam e o Mundo por Abul Hassam Annaduy e Islam e Cristianismo por Ulfat Aziz Assamad e Islamismo Mandamentos Fundamentais por Mohamad Ahmad Abou Fares. São apenas alguns exemplos (há muitos outros títulos publicados) do que já há em português publicado pelo Islamismo para atacar e desacreditar o Cristianismo”. (6)

A diversidade étnica e a liberdade de culto no Brasil são públicas e notórias; nem por isso vemos as comunidades de alemães e de italianos no sul do país, ou de orientais e italianos no Estado de São Paulo, fazendo lobbies para que sejam criadas leis específicas para eles. Imigrantes que chegam aqui convivem harmoniosamente há séculos com os nossos padrões e as nossas leis. Por que haveria de mudar agora?

A pluralidade religiosa brasileira bem que podia servir de exemplo para países e comunidades muçulmanos, o que definitivamente não ocorre. Vemos, isso sim, perseguição, mortes, condenações, incêndio a igrejas e muito mais. Seria bom, se de fato o Islã é uma religião da paz, que a cada instituição implantada aqui, uma igreja ou seminário também fossem abertos por lá, sem riscos à vida de quem quer que seja. Infelizmente sabemos que isso não acontecerá.

Alcorão e a Bíblia tem o mesmo Deus???

Magno Paganelli


Jeová (Yahweh) é o Deus judaico-cristão e árabes e muçulmanos têm Allah como expressão da maior divindade. A questão equacionou a confusão que não interessa aos cristãos, de confundir a adoração devida a Jeová. Ao profeta do Islã, Mohammad, interessava aproximar-se de judeus e cristãos, pois se conseguisse convencê-los teria muitos possíveis seguidores. Mas Jeová e Allah são essencialmente distintos.

E como podemos saber? Lendo a Bíblia e o Alcorão e comparando. Os teólogos e sábios muçulmanos insistem em que judeus e cristãos coromperam as Escrituras e Mohammad foi enviado por Allah a fim de corrigir isso (é possível ver uma possível contradição nas Suras 4.136 e 10.94, versão Challita). Se fosse o mesmo ser, por que houve descontinuidade da Bíblia para o Alcorão, escrito 600 anos depois de Cristo?

Allah é radicalmente oposto a Jeová. O discurso islâmico quando os imigrantes chegam a uma nação sempre foi de paz. Assista a uma entrevista, leia um edital, procure uma manifestação oficial e verá alguém preocupado com o desenvolvimento social, com a educação, com os pobres e devotado às orações, jejuns e espiritualidade. Seria muito bom se o espírito do Islã fosse esse.

A repetida alegação de que o deus do Islã seja o mesmo Deus cristão com nomes diferentes não é verdade. Se um muçulmano pensa assim, está enganado sobre Jeová. Essa afirmação pode ser conferida, pois o Alcorão registra o que estou afirmando. Allah insistentemente ameaça de sofrimento eterno no inferno ou sofrimentos e castigos, julgamento e perdição uma vez a cada 7,9 versos. Em contraste, no Antigo Testamento isso ocorre uma a cada 774 versos e no Novo Testamento uma a cada 120 versos. No Antigo Testamento, que os muçulmanos acusam de também promover a guerra e a vingança, os castigos representam a menor parte de todo o texto. Sem contar que esses textos precisam ser avaliados à luz de uma exegese séria, que não é feita por eles quando citam a Bíblia. Nem mesmo no estudo do Alcorão se mostram fiéis aos critérios de estudo de textos antigos ou sagrados (hermenêutica). Veja isto:

... a tendência crê na possibilidade do ijtihad (livre) nos demais domínios da vida, e por conseguinte na legitimidade de trocar ou modificar o Texto Religioso [Alcorão e hadiths] em seu sentido interpretativo, segundo os interesses do momento e as circunstâncias da situação.(1) (ênfases acrescentadas)

Que “verdade” é essa que pode ser mudada em função de “interesses do momento e circunstâncias da situação”?

O Alcorão não tem uma sequência de 100 versos sem uma ameaça de perdição no inferno. Dos seus 6.151 versos, 109 deles são versos de guerra, isto é, um a cada 55 versos estimula a guerra.(2) Por esse motivo é preciso entender que se trata de dois seres divergentes.

O Deus judaico-cristão, embora rigoroso com os seus, não tem prazer na morte do ímpio (Ez 33.11), e corrige como qualquer um de nós faria com seus filhos, mas ama, protege, orienta e, principalmente, dá graça, salva generosamente (Ef 2.8,9). Allah não dá garantias de salvação, salvo ao mártir, aquele que “morre pela causa”. Aos demais, é preciso contar com a boa sorte após a morte.

O Islã não comporta a crença da salvação como obra de Deus em favor do pecador. O deus do Islã não salva, mas é rápido e eficiente para enviar os infiéis para o fogo. O hadith 24 diz que o Islã é uma religião que não crê no Salvador vindo de Deus, e apoia a salvação pelas obras:

Ó servos meus, são as vossas obras que computo. E logo vos compensarei por elas.

No comentário de abertura de Os Quarenta Hadiths, o libanês muçulmano Samir El Hayek afirma:

Todas as pessoas nascem sem pecado, e nobres, sendo que não há necessidade de um Salvador. Elas são responsáveis pelo que têm ganho, de bom ou de mal.(3)

Tem devoção e temos a Deus, onde quer que estejas. E depois de haveres cometido uma falta, apressa-te em contrabalançá-la com uma boa obra, pois esta a extirpará. Ademais, convive bondosamente com as pessoas.(4) (tradição Tirmizi)

O professor Hayek afirma não haver Salvador nem a necessidade de um. Os Ditos (5) asseguram ser preciso “lutar contra os idólatras, até que prestem testemunho de que não há outra divindade”.(6) O raciocínio lógico que se obtém da junção desse ensino é o seguinte:

1. Não há Salvador
2. Minhas obras levam-me à salvação
3. Lutar contra os infiéis (judeus e cristãos) é uma obra desejável
4. Para salvar-me, vou combatê-los
Embora o Alcorão chame Allah de “clemente e misericordioso” exaustivamente, o Deus cristão não promove esse pensamento. Paulo diz como cristãos devem encarar todo e qualquer conflito:

... pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Ef 6.12).

Em qualquer situação os cristãos verão as divergências nesta perspectiva; não lutamos no campo físico, pessoal e material, mesmo sabendo que a consequência natural do mundo espiritual ocorra no mundo físico.