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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A POBREZA DE JESUS



Ele nasceu numa estrebaria de uma aldeia obscura, na periferia do império romano. Era filho de gente muito humilde e seu berço foi um caixote que se usava para dar de comer aos animais. Quando seus pais o apresentaram a Deus no Templo de Jerusalém, sua oferta se reduziu a duas pombinhas, oferta estipulada pela lei mosaica em tais ocasiões para pessoas sem recursos. Com seus pais, deixou seu lar e viveu como refugiado em terra estrangeira por causa de um decreto imperial que mandava matar todas as crianças com menos de três anos.

Ele foi criado em outra aldeia na casa de um carpinteiro e, quando adulto, chegou a afirmar que não tinha onde recostar a cabeça. Quando completou trinta anos tornou-se um pregador itinerante viajando pelo país com seus doze discípulos. Foi, então, falsamente acusado e inocentemente condenado. Seus amigos o abandonaram. Depois de torturado, foi crucificado entre dois ladrões. Quando morreu, aos trinta e três anos, foi sepultado em um túmulo que um amigo bondoso emprestou.

Jesus Cristo foi pobre, mas sua pobreza foi algo que ele assumiu voluntariamente, movido pelo seu amor. Ele era rico, mas fez-se pobre, numa expressão concreta de sua identificação com a humanidade.

É tempo dos cristãos dos grandes centros urbanos se arrependerem de usar Deus para satisfazerem sua ambição material. E aprenderem a viver com simplicidade e generosidade, ajudando aqueles que não têm para a subsistência diária.

Ouvimos muita gente dando testemunho que tinham um carro velho e agora tem dois novos, tinham uma casa pequena e agora tem duas grandes, que ganhavam um tanto, mas agora ganham três vezes mais. Aceitaram a Cristo, aderiram a tal igreja e prosperaram materialmente. Nunca ouvi alguém dando testemunho que se converteu e decidiu dar uma parte de seus bens para os pobres e para missões.

Cristãos urbanos de classe média estão imersos numa estrutura consumista, alienados da realidade do sofrimento de milhares de brasileiros. Pensam em si e no que é seu e confundem Deus o Pai de Jesus Cristo com Mamon, o deus dinheiro, o pai de todos os males (I Tm 6.10). Mamon não é uma potestade, promete paz, tranqüilidade, vida feliz e alegria e, portanto, compete com Deus. Muitos acham que estão confiando em Deus, mas, no entanto, confiam em Mamon (Mt 6.24).

A sociedade de consumo nos condiciona e nos leva a desejar possuir cada vez mais coisas, convencendo-nos que tendo mais seremos mais. Um mundo que pensa e age somente em termos materiais acabou contaminando o povo de Deus. E igrejas anunciam conforto material ilimitado para aqueles que aderirem e trouxerem sua contribuição.

Acabamos todos preocupados com a vida material, amarrados em contas, crediários, consumo de supérfluos, símbolos de status, dominados pela ambição de ter mais, sempre insatisfeitos.

Jesus Cristo na sua pobreza voluntária nos liberta dos condicionamentos da sociedade de consumo, e nos torna dispostos a confiar a ele toda a nossa vida, dons, talentos, recursos e tempo para servir com alegria o nosso próximo.

O verdadeiro conhecimento de Deus gera santidade e serviço, e o verdadeiro conhecimento de si gera quebrantamento e humildade.

Estas são as virtudes que a Igreja mais carece nestes dias: santidade, serviço, quebrantamento e humildade. Portanto, tenhamos discernimento, pois há uma outra teologia por ai que ao invés de santidade gera negócios escusos, ao invés de serviço gera egoísmo, ao invés de quebrantamento gera farisaísmo, ao invés de humildade gera busca pelo poder.

Olhemos por um momento para a vida de Jesus de Nazaré em quem cremos. Ele abriu mão de seus direitos e privilégios, esvaziou-se de sua divindade, por amor a nós fez-se homem, veio para servir e não para ser servido.

Não há nada de errado em buscar as bênçãos de Deus e uma vida material digna. Errado é acumular sem repartir. Sodoma e Gomorra, contrariamente ao que muita gente pensa, não foram destruídas pela sua promiscuidade sexual, mas sim por que acumularam riquezas e não repartiram: “Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranqüilidade teve ela e suas filhas, mas nunca amparou o pobre e necessitado”. Ez 16.49

Que o Senhor tenha misericórdia de nós, que o Senhor tenha misericórdia de sua Igreja, que o Senhor tenha misericórdia do Brasil.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

SAINDO DO ARMÁRIO...NÃO ESTA LONGE DISSO ACONTECER!!!




Vanessa Meira


Em anos recentes a situação tem ficado quase insuportável.

Não dá mais para ficar escondendo algo que faz parte de mim.

Pode soar politicamente incorreto e suscitar os preconceitos de alguém, mas eu preciso confessar isso publicamente.

Espero que minha família e meus amigos me entendam e me apoiem...

Então assumo:

- Eu NÃO sou gay! Eu sou heterossexual. Sou heterossexual, cristã e casada. Gosto de homem, sempre gostei. Pronto, falei!

Nunca pensei em mulheres. Nunca achei desejável o corpo feminino.

Cresci numa família comum... Minha infância foi brincando de bonecas e casinha... E eu sempre era a esposa, a mãe...

Na adolescência, no despertar da minha sexualidade, eu fantasiava, sonhava com romances incríveis e impossíveis... Com homens! Professores, primos, amigos...  Sempre hetero...

Meu mundo é e sempre foi hetero!

Sei que posso enfrentar críticas e preconceitos numa sociedade completamente patrulhada pelo homossexualismo. Mas decidi sair do armário, e não volto atrás.

Depois que "entraram" no armário Ray Boltz, Tonéx e Jennifer Knapp, declarando sua homossexualidade, corro o risco de parecer uma puritana dentro da própria igreja, mas espero que meus irmãos crentes liberais me entendam e continuem me amando.

Amo a Jesus e pretendo servi-lo assim, com a minha "opção" sexual.

Se você chegou até aqui, no final deste post, te agradeço e peço que me entenda. Saiba que assim como eu, muitos outros heteros estão por aí, pressionados, vivendo um grande dilema, sofrendo o medo do preconceito e do rótulo.

E você meu amigo hetero e reprimido:

- Se joga! Ahaza!

- Temos esse direito!

domingo, 10 de fevereiro de 2013

AINDA DÁ TEMPO DE SE CONCERTAR!!!


QUEM SUBIU QUANDO JESUS VOLTOU?


por Zé Luís

- Você ficou sabendo?
- O que? - respondeu ao telefone o reverendo, sem desgrudar os olhos da imensa tela de TV, enquanto mascava salgadinhos. Nem se dava conta de qual de seus pastores-auxiliares estava ao fone.
- Pelo que tudo parece, reverendo: o Cristo voltou... e já foi...
- Voltou é?... - comentou ele, sem grande entusiasmo: ele assistia um filme pornô enquanto falava, e sua concentração estava totalmente focada naquelas cenas. Pela enfase no assunto, só podia ser o Antenor, um pastor novato, vindo de uma escola teológica mais tradicional, com a ilusão teimosa de fazer diferente, embora seu contrato de trabalho junto àquela igreja o obrigava a imitar até os trejeitos do fundador daquela igreja, com quem falava agora.
-O senhor não viu os noticiários? Os sumiços?
O reverendo se riu, e até pausou o filme:
-E quais igrejas sumiram? - perguntou ironicamente, parecendo divertir-se com a informação.
-Nenhuma... pelo que noticiaram, foram sumiços aleatórios, a grande maioria não era religiosa, ou mesmo frequentava uma igreja...
O ar divertido silenciou. Antenor continuou:
-O tal objeto brilhante no céu que os astrônomos não souberam explicar, lembra? Ontem ele completou 7 dias. Tem certeza que não ouviu o ruído que ele fez, reverendo?
O reverendo estava bêbado demais naquela hora para ter ouvir qualquer coisa.
-Prossiga, Antenor...
-Então... a Nasa afirma que o tal objeto emitiu aquele som pulsante do espaço, eu vi... só eu não, quem procurou a origem do ruído no mundo todo viu também... quando o brilho se intensificou como um prolongado relâmpago. O céu empalideceu, num branco intenso a ponto de ofuscar o brilho do sol. Foi súbito, parecíamos banhados por uma luz tão densa que me fez imaginar estar mergulhado num oceano de leite, embora não nos sufocasse, não houvesse calor ou qualquer tipo de reação desagradável em nós. Era aconchegante.
Da forma que se intensificou, gradativamente desvaneceu, e todos nós estávamos lá ainda...
-Que horas foi isso? - interrompeu o reverendo, com voz entrecortada.
-Acho que eram três da manhã aqui no Brasil. Foi um evento simultâneo, mundial. Não entendo como não pode ter visto. Não havia como não perceber! As ruas se encheram de gente olhando para o céu, mas não havia pavor, nem saques, ou gritaria... Quando a luz cessou, e nos olhamos, já não havia mais vontade de nada, as forças e o entusiamo foram embora com o apagar da luz... sabe quando estamos confortáveis diante de uma lareira em um dia de frio, e de repente, ela se apaga, assim como toda a luz em volta? A sensação é a mesma até agora: o frio vazio. Como nada aquecesse a alma, entende reverendo? Reverendo? Ainda está aí?
-Sim...- disse ele. Sua voz parecia entrecortada. Entendia agora porque as pornografias pareciam não fazer mais efeito, nem o álcool o embebedou, nem as prostitutas o interessaram naquele dia.
-Não existem mais crianças... pelo menos as bem pequenas. Mas quase ninguém desapareceu: as igrejas permaneceram com toda a sua membresia praticamente. Um ou outro indivíduo foi dado como perdido. Quem viu um destes raros desaparecimentos conta que a pessoa foi tragada pela luz branca, e quando a mesma foi sumindo, elas sumiram junto... mas preciso urgentemente saber: Por que ficamos? Não eramos aqueles que subiríamos com o Senhor?
O reverendo gargalhou.
-Você está falando sério, Antenor?
-Como assim reverendo?
-Você sempre soube que nossa forma de pregar o Evangelho não pregava Evangelho algum. Era apenas um sistema que não nos levava a nada que não fosse uma indução emocional dessas pessoas para fazer o que queríamos. É claro que ninguém dos nossos grupos sumiriam nesse evento. Não temos nenhuma relação com a proposta feita pelo Cristo para o dia de sua volta.
-E o que faremos? O que diremos a nossas ovelhas?
-Da sua parte eu não sei. Com o dinheiro que ganhei com elas, posso viver mais décadas sem precisar trabalhar, embora só tenhammos sete anos a partir de agora... não esperava que Ele viesse nos atormentar antes do tempo... na verdade, não esperava que toda aquela baboseira escrita há séculos fosse realmente verdade... passar bem, Antenor.
-Como assim reverendo?
- Meu nome é Carlos, Antenor. A igreja não existe mais. Poupe-me...e poupe-se desses títulos eclesiásticos, eles só servem para dar autoridade diante de ovelhas que já não me interessam mais. Preciso acabar de assistir meu filme... até nunca mais.

Desligou e não atendeu mais nenhuma ligação naquela noite.

O noticiário, poucos dias após o evento e o desaparecimento de alguns parcos cidadãos pelo globo terrestre, informou sobre a crescente onda de suicídios envolvendo conhecidos religiosos do mundo inteiro. Entre eles, Carlos e Antenor. O reverendo, naquela mesma madrugada, após desligar o telefone, envenenou-se, misturando veneno de rato com uma dose de uísque Jack Daniels.
Antenor atirou contra a própria cabeça, diante de uma multidão de fiéis, que assistiam seu sermão.