“Deus, cadê você, cara?” Esta era a pergunta que estampava a página no Facebook da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (ATEA). A publicação aconteceu logo após a tragédia em uma boate de Santa Maria (RS). Além da frase uma imagem dos corpos das vítimas ainda no interior da boate Kissilustrava. A foto na verdade seria de um outro incêndio, na Tailândia, mas foi atribuída à tragédia.
A imagem dos corpos publicada pela página ateísta tipifica o crime de Vilipêndio a Cadáver, conforme descrito no artigo 212 do Decreto de Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940, com pena prevista de um a três anos de reclusão, e multa. “Sempre me mantive distante da ‘ATEA’ por não concordar com suas práticas. Desta vez, mostrar as fotos das vítimas mortas foi lamentável”, escreveu o usuário Gustavo F. Chapacais no Twitter.
Na página da ATEA no Facebook, um internauta observa que, ao publicar a imagem com cadáveres para questionar a existência de Deus, a instituição não contribuiu com a convivência entre pessoas de crenças diversas: “Agora que estão descobrindo o quanto é horrível essa página, disseminando ódio e explorando a dor alheia para quererem ‘provar’ algo… Não fazem isso de hoje”, afirmou Roger Carvalho.
Um internauta identificado como Glauber Macario tentou ponderar a situação, mencionando que os administradores da página da ATEA não representam todos os ateus: “Achar que todos os ateus são como os da ATEA é o mesmo que achar que todos os cristão são iguais ao Silas Malafaia”, afirmou.
Após a repercussão negativa, a ATEA apagou a publicação com a imagem dos corpos.
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