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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sexo de crente: Entre quatro paredes vale tudo?



Dani Marques
Esta é uma pergunta que assombra muitos cristãos. "Isso pode? Isso não pode? É permitido por Deus?". No geral, a religião acaba limitando a vida sexual do cristão, infelizmente, mas não podemos generalizar. Existem casais cristãos que vivem uma vida sexual livre e satisfatória, sem neura alguma, assim como também existem casais não cristãos que são completamente frustrados na cama. Creio que a religião teve uma influência muito negativa no decorrer da história no que diz respeito ao sexo. Muitas verdades Bíblicas foram (e ainda são) distorcidas, "neurotizando" aquilo que era pra ser prazeroso e natural. No passado, o sexo era visto como tabu, algo sujo, inclusive entre os casados, e a igreja (instituição) foi uma das grandes responsáveis por esta visão. Infelizmente muitos ainda pensam dessa forma, especialmente dentro das denominações mais radicais. São pessoas completamente limitadas na vida sexual. Vivem atormentadas pelo medo e pela culpa. Conheço casais que pedem perdão depois do sexo, algo que não tem fundamento Bíblico algum! Uma total falta de informação, quer dizer, excesso de informação distorcida! Mas como eu disse, não dá para generalizar. Muitos cristãos que realmente entenderam a grandeza do amor de Deus por nós através da vida e dos ensinamentos de Jesus, conseguem viver uma vida sexual plena e livre de culpa.

Recebo muitos e-mails de cristãos desesperados, com graves problemas na área sexual. O motivo? Não se fala sobre sexo abertamente dentro das igrejas (com raríssimas exceções). Então, aquilo que era visto como tabu no passado, vai passando de geração em geração. As pessoas não conseguem se libertar de questões muito simples, por medo de irem para o inferno. Além disso, se sofrem algum tipo de trauma ou abuso na infância (o que geralmente traz sérias consequências na vida adulta) não encontram espaço dentro da igreja para se abrir e buscar orientação, pois o medo de serem julgadas ou mal vistas é muito grande. Mas a partir do momento que você entende a mensagem de Cristo, que está focada no amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, tudo fica mais leve e natural.

Mas isso só acontece quando o cristão desliga o botão de automático, pára de balançar a cabeça para tudo o que é imposto como regra pela liderança da igreja e busca entender a vontade de Deus através da leitura Bíblica, especialmente dos Evangelhos (que tratam especificamente dos ensinamentos de Cristo). Os cristãos são chamados a raciocinar, isso é saudável e essencial! Infelizmente a grande massa cristã (católicos e protestantes) acaba indo na onda do movimento. Se o líder diz que fazer sexo de luz acesa é pecado, o povo grita aleluia e amém. Não se dá nem ao trabalho de conferir na Palavra se o argumento tem fundamento. Paulo fala na sua carta aos Romanos, no capítulo 13, que toda a lei de Deus se resume ao amor: "Pois estes mandamentos: "Não adulterarás", "não matarás", "não furtarás", "não cobiçarás", e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: "Ame o seu próximo como a si mesmo". O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei." Então, se houve amor sincero na sua atitude, inclusive durante o sexo, você cumpriu a lei. Simples assim.

Para os que ainda estão presos pelas amarras da religião, é muito difícil ter uma vida sexual plena e sem culpa. Vira neurose! E aí, a neura do irmãozinho acaba virando doutrina e regra para a vida da igreja. Não podemos fazer dos nossos gostos e desgostos pessoais regra para vida de ninguém. Se alguém se sente mal praticando sexo "x" com seu cônjuge, tudo bem, devemos respeitá-lo. Mas ele não deve impor isso como regra para a vida da comunidade. Por isso que existem tantos relacionamentos doentes dentro das igrejas. As dezenas de e-mails que recebo (inclusive de pastores e de esposas de pastores) não me deixam mentir! Pastores que proíbem o sexo "assim" ou "assado", mas vivem mergulhados na pornografia e masturbação, pois a vida sexual com sua esposa (que também está cheia de neuras) é uma grande frustração. Maridos que não sentem prazer algum em ver suas mulheres peludas e transam com elas pensando na vizinha depilada. Vivem apenas de aparência, uma grande hipocrisia!

O segredo para uma vida sexual saudável também está na conversa. Deve haver comunicação fluente nesta área. As vezes o que é prazeroso para o marido, não é nada prazeroso para esposa. O que causa grande prazer em uma mulher, pode causar repulsa na outra. Deve existir conversa franca e frequente, sempre em amor. A intimidade sexual é um aprendizado que dura a vida inteira. Ninguém deve se iludir pensando que vai entrar no casamento e experimentar o sexo dos sonhos. Isso só existe nos filmes! O casal deve ir se descobrindo aos poucos, e quando tiverem com 40 anos de casados, ainda vão estar se descobrindo!

Muitas denominações pregam que o prazer apenas por prazer é pecado. Não creio dessa forma. Se acreditamos que Deus nos formou por inteiro, então obviamente o clitóris, ou o ponto "G", também foram criados por Deus. O homem, ao ejacular, também sente prazer, e isso faz parte do plano de Deus na criação. Pois bem, pensando assim, podemos concluir que o sexo não foi feito somente para a procriação, mas também para o prazer. Se Deus não quisesse que o homem (a raça humana) sentisse prazer na relação sexual, teria nos criado de outra forma. Quem sabe teria programado nosso libido para funcionar uma vez ao ano, apenas na época de reprodução, rs. Então, sem sombra de dúvidas Deus se agrada do sexo entre marido e mulher e do prazer que ele proporciona.

Paulo também aconselha, primeiro aos casados e depois aos solteiros: "Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio." e "Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar ardendo de desejo" (1 Coríntios 7:5,9). Estes versículos transmitem a clara informação de que é completamente aceitável sentir prazer no sexo, pois é algo fisiológico. Se Paulo diz que o cara deve casar para não ficar ardendo em desejo, é porque ele vai satisfazer esse desejo com a esposa, correto? Sem contar o livro de Cânticos, na Bíblia, que é uma ode ao sexo! Não tem como ter dúvidas. Como eu disse anteriormente, é só questão de raciocinar.

Creio também que o grande conflito nos relacionamentos é gerado pelo egoísmo, inclusive na área sexual: "Meu marido/esposa precisa me satisfazer sexualmente!" A pessoa não se preocupa em saber o que mais dá prazer ao cônjuge, se algum tipo de carinho ou movimento realmente o agrada, não espera o tempo dele, enfim. Imagine um casal onde os dois pensam dessa forma? Pela lógica, teríamos pelo menos um dos cônjuges frustrados na cama. Mas quando utilizamos a lei do amor, citada anteriormente, o pensamento muda: "Amo tanto meu esposo(a) que desejo satisfazê-lo(a) plenamente!" Se os dois agirem dessa forma, imagine que sexo maravilhoso terão? Ninguém busca o sexo para sofrer, é obvio, todos desejam o prazer, mas a raiz do problema está em buscar a própria satisfação exclusivamente, sem se preocupar com o prazer do outro.

Existe um grande equívoco na interpretação do que Paulo escreve em sua primeira carta aos Coríntios: "O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo consentimento e durante certo tempo, para se dedicarem à oração. Depois, unam-se de novo, para que Satanás não os tente por não terem domínio próprio." Muitos homens utilizam esse texto para justificar atitudes abusivas na cama. Eles praticam um sexo egoísta, desprovido de amor, maltratam suas esposas física e emocionalmente e ainda justificam dizendo: "A Bíblia fala que seu corpo me pertence. Você tem a obrigação de me satisfazer!" Isso é uma interpretação maligna! É imprescindível analisar o contexto. Paulo está dizendo claramente sobre o perigo que há na privação sexual entre marido e mulher. Não é difícil de entender. Deixe seu marido sem sexo por muito tempo que rapidamente ele estará se deleitando em pensamentos eróticos, masturbação, pornografia e quando não, na prostituição. É algo fisiológico. Muitas mulheres também sentem dessa forma. E isso obviamente trará grandes conflitos para o relacionamento. Então, para evitar que aconteça, não se privem. Pronto, simples assim. Quando assumimos o compromisso do casamento, estamos nos comprometendo também em satisfazer nosso cônjuge na área sexual. O meu corpo será para ele e o dele para o meu, e isso não é ruim, muito pelo contrário!


"Mas afinal, o que é permitido dentro do sexo cristão?" Se formos seguir ao pé da letra o que muitas religiões ditam por aí, faremos apenas o sexo "papai e mamãe", de luz apagada e olhe lá! A partir do momento que entendemos o Evangelho, ou seja, o relato da vida e dos ensinamentos de Jesus, nos libertamos de muita coisa que a religião aprisiona. É realmente um sentimento de liberdade e vida nova! Amo meu esposo, ele me ama e dentro do nosso amor quem estabelece os limites somos nós. A única regra que obedecemos é aquela imposta por Jesus: o amor!

Jesus viveu e ensinou o amor. Se eu creio que o próprio Deus habita em mim, devo resplandecer este amor através dos meus atos e palavras, inclusive na área sexual. Sobre o sexo oral, por exemplo, não existe nenhuma passagem na Bíblia afirmando que você só pode colocar a boca há 5 centímetros de distância do órgão genital do seu cônjuge, passando disso entrou em área pecaminosa. Chega a ser cômico. Não existem órgãos mais pecaminosos que outros, pois Deus nos criou por inteiro! O único órgão do nosso corpo que tem o poder de nos fazer pecar é o coração, "pois é dele saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias. Essas coisas sim tornam o homem ‘impuro’." Mt 15:19.

Jesus falou: "O que entra pela boca não torna o homem ‘impuro’; mas o que sai de sua boca, isto o torna ‘impuro’". Mt 15:11. Então, colocar a boca em alguma parte do corpo do cônjuge, ir ao motel, fazer canguru perneta ou utilizar adereços (lingeries, óleos de massagem, velas...) para apimentar a relação, só será pecado se o que vier de dentro for ruim, ou seja, se a intenção do coração for ruim. Se for prazeroso para ambos, feito em amor e dentro da aliança do casamento, não há com que se preocupar. Muitos alegam que o sexo oral ou anal podem trazer doenças, e que devemos cuidar do nosso corpo que é templo do Espírito Santo. Concordo, mas isso não se restringe ao sexo. O que dizer de uma pessoa que não pratica sexo oral/anal, mas vez ou outra exagera no refrigerante ou fast-food? Dá na mesma. Entendo que neste caso é questão de saúde, não de pecado. O perigoso mesmo é se preocupar demais com o exterior e acabar esquecendo do principal: o coração!

Também entendo que a mulher da pornografia, o homem nu da revista ou a terceira pessoa do menáge à trois, não fazem parte da minha união com meu esposo, por isso não têm espaço no nosso relacionamento. E se houver o desejo de algo novo, o segredo é conversar, priorizando sempre a aliança do casamento e o amor que sentimos um pelo outro. Se vai machucar, desrespeitar, humilhar ou causar algum tipo de desconforto, não rola. Vale para os dois lados.

"Mas Dani, o sexo é tão importante assim?" No geral, para o homem, o sexo frequente é essencial, assim como beber água. Já para a grande maioria das mulheres, não. Mas isso não é regra. Um casamento que tem problemas na área sexual acaba tendo nas outras. Um homem sem sexo há muito tempo ou esposas frustradas na cama, acabam recorrendo há outras ferramentas para satisfazer seus desejos. E isso traz problemas para as outras áreas do relacionamento. Digo que o sexo não é prioridade, mas é uma das pernas "da mesa". Se uma delas não estiver firme, a mesa tomba.

Concluindo, como saber se o que estamos fazendo está dentro da vontade de Deus? Convivendo com Ele, não tem outro jeito. E como conhecer a Deus? Ele se mostrou ao mundo através de Jesus. Foi como se estivesse dizendo: "Se eu fosse humano, seria assim!". Por isso Jesus disse: "Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou". João 12:44-45. Não tem como dizer que conhece a Deus se não conhece a Cristo. Precisamos caminhar ao seu lado através da leitura Bíblica e oração constante. A leitura dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) deve ser prioridade na vida de um cristão, pois são um relato da vida de Jesus, desde o seu nascimento até sua morte. Todos os outros livros da Bíblia devem ser lidos a partir de Jesus e com base em seus ensinamentos. Ele é a chave hermenêutica da Bíblia! Fortalecendo o seu relacionamento com Deus, o Espírito Santo vai lhe dando sabedoria na caminhada para tratar de situações delicadas como o sexo. O seu entendimento vai se abrindo aos poucos e você vai se tornando uma pessoa livre em Deus! Livre de culpas, traumas e neuras.

Jesus foi um grande revolucionário! Escandalizou centenas de religiosos da época com a sua mensagem e continua escandalizando até hoje! Pois quando fala que está preocupado com o interior e não com o exterior, tira o poder das mãos humanas, e isso assusta os religiosos interessados no poder, pois eles só conseguem ter acesso ao exterior. Como sou uma seguidora de Jesus e proclamadora da sua mensagem, então é provável que esse texto escandalize muita gente. Acharia estranho é se isso não acontecesse... rs.

FAÇA UMA ANÁLISE...

O monte no imaginário pentecostal

Alan Brizotti

Eu já orei no monte. "Orar" não é bem o que fazíamos. Saíamos tarde da noite e, ao chegarmos no "monte" (nem era uma montanha, mas sim um local no meio do mato mesmo), depois de minutos de uma oraçãozinha, pandeiros fervilhando, embalados a "corinhos de fogo", tome reteté...

No monte acontecia (e ainda acontece) de tudo. Lembro-me de um irmão (no monte, a gente chamava de "vaso") que começou a correr velozmente de um lado para o outro (e no escuro!) De repente, deu de cara numa árvore! Após um instante de apreensão geral, alguém foi até ele (tentando disfarçar o constrangimento, afinal, o "Espírito" errou a direção) e perguntou: "e aí, vaso, o que você viu?" E ele respondeu: "Estrela!" Essa eu vi.

No imaginário pentecostal o monte ocupa lugar especial. Ele está para o pentecostal como as imagens para o católico (salvas as devidas proporções). Assim como os católicos em relação às imagens, os pentecostais dizem que o monte não tem todo esse valor em si, mas sim, aproximam do ideal sagrado que representa. Para os pentecostais (e eu sou um, pasmem!) o monte é uma "redondeza divina", uma "área onde a espiritualidade é mais densa". No templo tem muita gente, muita luz e muito barulho, no monte a coisa é mais rústica, secreta. É o local onde os "santos" se reúnem. Na minha época, costumava-se avisar aos "alpinistas de primeira viagem": "cuidado, consagre-se antes de subir!"

A desculpa "bíblica" é que Jesus orava no monte. Não preciso nem entrar no mérito teológico (quem sabe, psicológico, talvez). O mérito geográfico já basta: no contexto bíblico o que mais existia era montanha. A paisagem dominante era feita assim. O problema maior não é o monte que se sobe, mas o jeito que se desce. A galerinha do monte, geralmente, dá um trabalho imenso em suas igrejas locais. Eles descem cheios de vícios: legalismo neurotizante, seletividade arbitrária (só nosso grupo é santo), insubmissão a qualquer tipo de autoridade (é a veia "che guevariana" das montanhas).

No monte, o maior perigo é a anarquia. Lá não há regras: revelação tem liberdade total. As línguas esquisitas (essas são estranhas mesmo) são cada uma mais extravagante que a outra. É a guerra dos vasos! Sem falar nos mais "safadinhos" que aproveitam (como cantava a Rita Lee) "o escurinho do cinema" pra pecar, kkk.

Conheço alguns irmãos, honestos, que vão ao "monte" para orar, meditar na Palavra, sem nenhuma parafernália ou neura. Mas são muito raros. O que sobra na celestialidade alpinista é o exagero, a hipérbole, a fuga do asfalto, a busca, às vezes certa, da forma errada.

Para o cristão verdadeiramente ciente de sua comunhão com Deus, qualquer lugar é um monte. No jardim, no deserto, na rua ou na cama, ele sabe que não são geografias que determinam sua espiritualidade, mas sim o conteúdo verdadeiro que ela possui.

Eu já não vou ao monte. Meu caminho hoje é de descida. Quanto mais desço, mais percebo que subo. Benditos paradoxos de Deus.

domingo, 18 de agosto de 2013

O SUCESSO FEZ PERDER A NOÇÃO!!!




A gordofobia corre solta na Lagoinha! 

Primeiro foi a Ana Paula Valadão que arrumou encrenca com os pastores gordinhos. 

Agora foi a vez de seu irmão, contrariado com a refutação de um pastor acerca de uma afirmação sua pretensamente ecumênica, sair do sério e detonar seu crítico com uma ofensa preconceituosa:





A HORA DO CHICOTE


Jesus pregou e viveu o amor, mansidão e domínio próprio, mas havia algo que o tirava do sério: fazer comércio com as coisas de Deus! Veja: "No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: "Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!" João 2:14-16

Durante as minhas férias estava lendo, por curiosidade, um jornalzinho dessas igrejas defensoras da teologia da prosperidade. Uma daquelas que pagam milhões por um espaço no horário nobre do canal aberto, sabe? Cheguei a ler uns cinco depoimentos dos fieis, foi o que consegui. Não suportei continuar. Senti ansia de vômito e a sensação que meus órgãos estavam derretendo. Os testemunhos eram bem parecidos com: "Depois que passei a frequentar assiduamente os cultos da igreja "x", minha vida mudou! Hoje tenho minha casa própria!", "Comecei a pagar o carnê mensamente e o Senhor me abençoou. Consegui comprar um carro 0Km!" ou "Participei da campanha do lenço ungido, dei tantas voltas na fogueira Santa e minha vida se transformou. Hoje tenho um emprego e meu marido foi promovido na empresa!". Fiquei me perguntando: "Meu Deus, que Bíblia é essa que essa gente lê (se é que lêem)? Ou melhor, que Jesus é esse que eles pregam?" Ok, se alguém se agrada desse tipo de doutrina, eu respeito. Mas colocar o nome de Jesus no meio, aí não dá! Por que não dizer que estão falando em nome de qualquer outro Deus? Sei lá, o deus Mamom, por exemplo? O Deus que eu conheço, aquele revelado em Jesus, faria um chicote de cordas e sairia chicoteando esse bando de safados disfarçados de pastores, missionários e apóstolos. Gostaria de dizer à você, que frequenta uma dessas igrejas da teologia "toma lá, dá cá", é hora de acordar pra vida meu filho! Tu tá sendo enganado rapaz!!!

O evangelho não está sendo proclamado, compreendido e vivido por essas igrejas. Vocês estão vivendo na casa do temor e não do amor, como diria o bom e velho Brennan Manning. Embora a Bíblia seja claríssima quando diz que foi de Deus a iniciativa da obra da salvação, o que está sendo pregado por esses bandidos é que nossa espiritualidade deve começar no EU, e não em Deus. É o famoso "Deus ama os bons meninos". A grande ênfase é no que 'eu estou fazendo' em vez de no que 'Deus está fazendo', aliás, no que ele já fez! O pior, é que mais cedo ou mais tarde esse povo todo que está sendo enganado será confrontado com a dolorosa verdade da sua insuficiência. Aí vem a decepção, e é neste momento que muitos abandonam a fé. Queridos, somos incapazes de acrescentar uma polegada sequer na nossa espiritualidade através do bom comportamento. A nossa luta pelos méritos de estrelas douradas, a nossa afobação por consertar a nós mesmos, é uma negação aberta ao evangelho da graça!

Fico me perguntando: que Boa Nova é essa que vocês vivem? Se Deus é um juiz que retribui os bons e pune os desobedientes, isso não é Boa Nova coisíssima nenhuma, é uma Péssima Antiga! Será que a morte na Cruz veio nos revelar essa terrível mensagem? De que Deus ama os bons meninos e pune os maus? A justiça de Deus, que tanto se fala dentros das igrejas, é que Ele nos tornou justos através do perdão de cada um dos nossos pecados, a famosa justificação pela graça mediante a fé! Não é por qualquer mérito ou atitude nossa que tivemos nosso relacionamento restaurado com Deus, mas unicamente pelo seu grande amor e bondade. A decisão foi Dele! Essa é a Boa Nova! Mas isso é incrível e bom de mais para aceitar não é mesmo? É mais fácil pagar o carne do Gideão (concorrendo a prêmio pela loteria Federal), vender o carro e entregar o dinheiro na igreja, virar patrocinador com direito a brinde mensal, deixar a bolsa no altar, frequentar todas as campanhas de prosperidade, comprar o vaso de alabastro por R$ 200,00, dar sete voltas na Fogueira Santa de Israel... Em outras palavras, é mais fácil se sacrificar e negar o sacrifício que já foi feito na Cruz, não é mesmo?

Pensamos que Deus abençoa somente se formos fieis no que a igreja impõe, mas Jesus nunca afirmou que o Reino dos Céus é uma subdivisão para os certinhos, frequentadores de igreja e pagadores do dízimo e carnês. A igreja verdadeira não é um museu para santos, mas um hospital para doentes! A Boa Nova significa que podemos parar de mentir para nós mesmos. É ela que nos salva da necessidade do auto-engano, de que eu preciso fazer algo para receber o amor de Deus ou ser abençoado. Um santo não é alguém bom, mas alguém que experimenta a bondade de Deus, já diria Thomas Merton. A salvação nos foi dada gratuitamente, de presente! Não é recompensa da nossa fidelidade. E os televangelistas, superastros carismáticos e líderes religiosos das igrejas do 'toma lá, da cá' não querem que você saiba disso, pois a Boa Nova de Cristo desfaz a dependência na igreja e a coloca em Jesus, e com isso, eles perdem. Perdem fama, poder e dinheiro.

A mensagem de Jesus grita que somos todos mendigos igualmente privilegiados. Não há coisa alguma que qualquer um de nós pode fazer para herdar o Reino, apenas é fé pura de uma criancinha. "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus" Efésios 2:8. "Vocês, que procuram ser justificados pela lei, separaram-se de Cristo; caíram da graça" Gálatas 5:4. Meus amigos, se isso não lhes parece Boa Nova, então nunca experimentaram o evangelho da graça. Você já é aceito, simplesmente aceite este fato. O verdadeiro cristão rejeita por completo a ideia de que Deus pega as pessoas de surpresa ao menor sinal de fraqueza ou falha no dízimo. Quando enxergamos Deus dessa forma distorcida, sentímo-nos impelidos a nos envolver em alguma espécie de trabalho para aplacá-lo. E quando pessoas esmagadas por esse conceito falham - o que inevitavelmente acontece - no geral ficam a espera de uma punição. Por isso perseveram em práticas religiosas ao mesmo tempo em que lutam para manter uma imagem oca de um eu perfeito.

Em essência, há uma única coisa que Deus pede de nós: aceite o que eu já fiz por você! Temos paz quando o Deus da graça é tudo o que buscamos. Se o foco muda, nos perdemos. Todo o restante, mais conhecido como boas obras, virá como consequência da fé genuína. O Reino de Deus pertence a pessoas que não estão fazendo gênero ou tentando impressionar, esperando estrelas na testa pelo seu bom comportamento. "Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele" Marcos 10:15. A criança é símbolo dos excluídos da época, dos marginalizados, daqueles que nem ao menos eram contados, e que com frequência eram chamados por Jesus de "últimos" ou "pequeninos". O reino de Deus é daqueles que nunca fizeram nada para merecê-lo, apenas aceitaram-no através fé pura, como um presente! A graça de Deus recai sobre essas pessoas porque são criaturas insignificantes, não por causa de suas qualidades. "Vim chamar os pecadores, não justos!"

A salvação que Jesus trouxe não pode ser conquistada com esforço. Não existe a possibilidade de barganha com Deus: "Eu fiz isso e agora você me faz aquilo". Jesus destroi por completo a noção de que nossas obras merecem qualquer pagamento em troca. Os cristãos estão tentando consquistar o favor de Deus mergulhando no maior número de atividades espirituais, multiplicando altares e sacrifícios. Sem contar os milhares de "ungidos" insensatos que cometem a loucura de determinar que Deus faça alguma coisa e ainda esperar que ele obedeça. Isso é o cúmulo da ignorância! Deus não é uma marionete movida à jejuns, campanhas, dízimos e ofertas. Acordem!

Talvez a grande dicotomia dentro da comunidade cristã da atualidade não seja entre conservadores e liberais, entre criacionistas ou evolucionistas, mas entre os despertos e os adormecidos. O cristão desperto sabe que é maltrapilho e que não há nada que possa fazer para alcançar o amor de Deus, pois a decisão de amar já foi tomada por Deus. "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados." 1 João 4:10. Se você aprendeu a pensar no Pai como juiz, disciplinador, espião ou como aquele que castiga, conheceu o Deus errado. "No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor." Deus não é nosso inimigo, não está decidido a nos testar, tentar ou provocar. Ele não dá preferência e não promove o sofrimento ou a dor. Não!

O evangelho declara muito claramente que não importa quão dedicados e devotos sejamos, não somos capazes de salvar a nós mesmos. O que Jesus fez foi suficiente. Você só precisa crer. A medida que nos mantemos santos pelos nossos próprios esforços, deixamos que prostitutas e ladrões entrem primeiro no reino, porque eles já sabem que não podem salvar a si mesmos. Quando reconhecemos que somos todos miseráveis à porta da misericórdia de Deus, aí então Ele pode fazer algo belo de nós. Como é dificíl ser honesto e renunciar à pretensão de que minhas orações, meu discernimento espiritual, meus dízimos e ofertas, meu sucesso ministerial fizeram-me alcançar o favor de Deus. Isso é balela! Sou amável simplesmente porque Deus me ama, simples assim. O amor humano será sempre uma sombra débil do amor de Deus. A lógica humana está baseada na experiência humana, e Deus não se encaixa nesse modelo. Ele olha nos nossos olhos e diz: "Eu não quero seu dinheiro e tampouco suas boas obras. Eu quero seu coração!"

A confiança que depende da resposta que obtém de Deus não é de fato confiança. As igrejas da teologia da prosperidade ensinam seus disípulos que é necessários provas e respostas para saber se o "aluno de Deus" está se saindo bem. E quando essas repostas não chegam, o discípulo fica frustrado e começa a desconfiar que seu relacionamento com Jesus esfriou ou nunca existiu. Mas eu quero dizer pra você hoje: "Mais bem-aventurados os que não viram e creram!" Jo 20:29. Oro a Deus para que ao ler essa mensagem, escamas caiam dos seus olhos e seu entendimento seja aberto. Ajude a divulgar esse texto para o máximo de pessoas que puder. Se for possível, imprima cópias e distribua ao final dos cultos dessas igrejas do deus Mamom. Se ao menos uma pessoa entender a graça, terá valido a pena!

No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro.

Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas.

Aos que vendiam pombas disse: "Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A REALIDADE NO BRASIL É QUE 7 MILHÕES SÃO CATÓLICOS PRATICANTES

Hegemonia em declínio


por Johnny Bernardo

O Brasil não é mais o maior país católico do mundo, pelo menos não em número de praticantes. A declaração do cardeal Dom Geraldo Majella, ao G1, de que “aqueles que aparentemente mudaram, nunca pertenceram (à Igreja Católica)” e que “não se perde o que não tem”, reflete uma realidade cada vez mais perceptível dentro e fora da Igreja. O Censo 2010 do IBGE apontou uma média de 123,3 milhões de pessoas que se declaram “católicas”, mas sem levar em conta a frequência destas em comunidades. 


Católicos nominais

Por ocasião do 50º Assembleia Geral da Conferência Nacional de Bispos do Brasil, realizada entre os dias 18 a 26 de abril de 2012, o padre jesuíta Thierry Lierry de Guertechin, apresentou, com base em dados coletados pela Fundação Getúlio Vargas e das Pesquisas de Orçamentos Familiares do IBGE, um quadro preocupante. Segundo o padre jesuíta, apenas 5%, ou cerca de 7 milhões de brasileiros vão à missa e recebem os sacramentos, de um universo de 123,3 milhões que se declaram “católicos”. 

Sincretismo religioso

Outro problema identificado é o sincretismo religioso. Diferente de igrejas evangélicas - cujos membros possuem uma vivência denominacional –, no Catolicismo Romano o sincretismo de crenças e práticas cria um transito religioso que torna difícil uma classificação precisa. Por exemplo, em estados do nordeste é comum um fiel católico orbitar em torno de templos católicos e terreiros de umbanda, candomblé e xambá.  

Herança religiosa

Os novos brasileiros veem ao mundo em um período em que a diversidade religiosa, cultural e social oferece multiplicas opções de escolha. A herança católica, comum até pelo menos a metade do século XX, é outra realidade que começa a perder sentido no Brasil. Apenas em áreas rurais do nordeste, norte e sul a herança religiosa continua sendo observada por tradicionalistas, muitos dos quais de origem espanhola, portuguesa e italiana, por exemplo. No entanto, nas grandes cidades há uma liberdade cada vez maior com relação à escolha de uma confissão religiosa e que começa já na juventude. 

Estratégias de retomada

A chegada da Renovação Católica Carismática (RCC) ao Brasil, no começo da década de 70, o investimento em padres jovens e midiáticos, e a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Rio, representam parte do esforço da Igreja no sentido de retomada da dianteira. Foi com a Constituição de 1891 que a Igreja começou a perder parte de sua hegemonia, sendo finalmente ameaçada com o crescimento pentecostal e neopentecostal, a partir da década de 50. Atualmente, os esforços pela manutenção de uma confissão religiosa contextualizada parecem começar a surtir efeito, principalmente em um momento em que o protestantismo demonstra dar sinais de enfraquecimento, com evasão de crentes e um crescente liberalismo teológico. 

JMJ na Polônia

A movimentação católica visa fortalecer suas áreas de influência, como o Brasil, na América do Sul, México, na América Central, Filipinas, na Ásia, Itália, no Mediterrâneo e a Polônia, no leste europeu. A escolha de Cracóvia, na Polônia, como a próxima cidade-sede da JMJ segue uma agenda de fortalecimento regional. Com uma população de 38,53 milhões, a Polônia é de especial interesse para o Vaticano pelo o fato de que possui o maior número de católicos por habitantes da região, com algo em torno de 86,7% de fieis. Situação diferente ocorre na Ucrânia, onde há apenas 11,1% de católicos, contra os 54,3% de ortodoxos, e na Romênia, onde o número de católicos não passa de 4,7%, contra os 86,7% de ortodoxos. Há outros desafios, como a predominância protestante na Letônia (a Igreja Luterana possui 30 mil fieis a mais que a Igreja Católica), o secularismo da Estônia (dos países europeus é o menos religioso), a influência da Igreja Ortodoxa Russa (IOR), além de politicas liberais e o narcotráfico. 

Presos Usam Bíblia e tem Ajuda para Fugir da Cadeia

A religiosidade é traço forte de presidiários, que pedem proteção divina antes de praticar crimes e até nas fugas carregam a bíblia. Mais de 50 foragidos foram recapturados com elas nas mãos, após fuga em massa de quase 200 detentos do Ipat, em Manaus

Crime e perdão (Arte: Gusmão)
JOANA QUEIROZ - A Crítica

Boa parte dos presos que fugiram do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), localizado no km 8 da BR-174, durante a rebelião do dia 9, deixou tudo pra trás na hora da fuga: roupa, sandálias e até dinheiro. Mas levou as bíblias que guardavam nas celas.
O fato chamou a atenção de policiais militares que trabalham na recaptura dos detentos e do tenente-coronel da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), Renan Carvalho, que contou que, dos mais de 50 foragidos que ele ajudou a recapturar na mata no entorno do Ipat, a maioria estava carregando uma bíblia.
O tenente-coronel disse que outros fugitivos foram recapturados fora das matas, também carregando uma bíblia debaixo do braço. Alguns estavam nas paradas de ônibus e foram identificados pelos arranhões que tinham no corpo. O tenente disse que eles não tinham uma explicação para levar a bíblia na fuga. “Acredito que eles carregam a bíblia como forma de proteção”, disse Renan.
A fé também é o tema de mensagens de texto trocadas entre os detentos, segundo constatou a polícia por meio da análise de telefones celulares apreendidos durante as operações policias. Nas mensagens, presos invocam o nome de Deus como proteção para cometer crimes, como assaltos, homicídios e até mesmo fugas de presídios. “Vá lá mano. Vai dá (sic) tudo certo, Deus está contigo e ele vai cegar esses vermes pra não te enxergarem dentro da mata. Vc (sic) vai conseguir”, dizia uma das mensagens flagradas na caixa de entrada de um dos foragidos do Ipat recapturados.
E foi por meio de um celular que a detenta da cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, Aline Fontoura Silva, 22, que cumpre pena por tráfico de drogas, postou, na rede social Facebook, mensagens de fé, de dentro da cadeia. “Obrigada senhor por tudo perdoa meus erros e abeçoa minha família e o meu amor, boa madrugada a todos(sic)”, dizia a mensagem.
Em outra postagem, Aline demonstra fé ao se declarar para o namorado, o traficante Rubens Rodrigues, o “Rubão” - um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Ipat. “O nosso amor e abençoado por Deus. Eu profetiso em nome de Jesus(sic)”, dizia a postagem.
Justificativa
Quem faz trabalhos religiosos dentro dos presídios acredita que criminosos costumam recorrer a argumentos religiosos para justificar os maus atos, em uma tentativa de se livrar do sentimento de culpa. É o que afirma a voluntária da Pastoral Carcerária, Marlúcia da Costa Souza.
A religiosidade expressada pelos detentos e os conflitos com as práticas criminosas foram comparados pelo ex-arcebispo de Manaus, Dom Luiz Soares Vieira, à vida do cangaceiro Lampião, que era um cristão fervoroso que, segundo relatos históricos, costumava rezar o ofício de Nossa Senhora aos sábados e, depois, saía para assaltar, estuprar e matar. “Não seria uma espécie de esquizofrenia ou dualidade diante de Deus?”, questionou Dom Luiz.
Alternativa para deixar a criminalidade
Mas nem sempre a religião é usada como “ponto de equilíbrio” por quem vive no mundo do crime. Para muitos, a fé é o que dá forças para deixar a criminalidade.
Duas vezes por semana, voluntários da Pastoral Carcerária vão aos presídios evangelizar. Segundo uma das voluntárias, Marlúcia da Costa Souza, 57, grande parte dos internos participa das reuniões.
Eles cantam os louvores, lêem o evangelho e oram fervorosamente. Alguns choram e fazem pedidos a Deus, a maioria ligados à liberdade e à família. Durante as celebrações, muitos pedem perdão e se dizem arrependidos dos crimes que cometeram, contou ela.