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domingo, 1 de maio de 2011

GESTÃO E LIDERANÇA INCLUSIVA

Ao pensar em liderar nos vem à mente coisas como: competência, planejamento, orçamento, sucesso, etc. No entanto, nas Escrituras percebemos um modo de liderar ao estilo do servo sofredor de Isaías que, segundo o Novo Testamento, deu certo na teoria e na prática! O start no processo de liderança de Jesus ocorre na hora em que sua disposição de liderar é transformada em decisão de encarnar – o verbo se fez carne e habitou entre nós.

Não bastasse a disposição de assumir a natureza humana, resolve radicalizar, vai além, surpreende ao assumir a forma de servo - na verdade, quebra paradigmas de liderança escolhendo o degrau mais baixo para ser um líder de sucesso! O “sucesso” é paradoxal, fez sucesso abrindo mão de qualquer possibilidade de obter sucesso entre os seus.

O que chama atenção são as ferramentas de trabalho pouco ortodoxas: uma cruz, uma toalha, um burrinho e uma bacia com água! Fico pensando no semblante da equipe que Jesus treinou para continuar sua missão, visão e valores.

Naquele tempo existiam práticas e teorias de liderança bem desenvolvidas entre os rabinos e líderes religiosos. O “mercado” era exigente. Basta lembrar que o coração da cultura judaica estava pautado no valor absoluto da Toráh. Ao redor das palavras do profeta e legislador de Israel, Moisés (um grande guru da gestão e liderança) orbitava a organização social. As crianças, já desde os seis anos de vida eram submetidas ao “processo de aprendizado”, devendo ouvir e memorizar todo o Pentateuco.

No período da infância as exigências eram duras. Ao receber a instrução, que leva a verdade por meio da Toráh, eram introduzidas num mundo estratificado pela exigência da busca de perfeição. As crianças eram submetidas ao “bêit Sefér” onde o Pentateuco era memorizado até chegar ao coração! Por volta dos dez anos já estariam voltadas para o ofício da tradição familiar e se dedicavam a isto. Os melhores avançavam para o “bêit Talmude”. Neste “estágio” aprendiam o restante das Escrituras. Além da Toráh, memorizavam até Malaquias! E continuavam se dedicando ao ofício familiar.

A seguir, os que se destacavam seguiam em frente rumo ao “bêit Midrash”, tornando-se estudantes/discípulos. Neste ponto, lá por volta dos 15 anos, o rapaz não desejava um conhecimento profundo, mas um modelo que fosse capaz de seguir. Buscava um rabino que o aceitasse como discípulo a fim de imitá-lo. Segundo os estudiosos da cultura judaica, os rabinos tinham diferenças na interpretação das Escrituras e, por isto, cada rabino tinha uma “gema”, um jeito próprio de ler, interpretar e ver a vida à luz das Escrituras. Caso o rapaz fosse aceito pelo rabino deveria deixar família, vilarejo e dedicar sua vida a “reproduzir a gema”.

Mas, quando olhamos para Jesus, percebemos um novo jeito de fazer discípulos. Ele não recebe “candidatos” de sucesso com currículo invejável. É Jesus quem convida! Nesse ponto observamos uma revolução. Ele não escolhe os “melhores”. Pelo contrário, chama gente simples, gente não aceita pelo “mercado”. Jesus chama pescadores na Galiléia, vê gente de sucesso onde ninguém vê talento! Chama cobrador de impostos, gente de má fama! Mulheres o seguem!

Durante o seu ministério terreno, ficou claro, um projeto de liderança pautado na simplicidade do servir como motivação fundamental e amar como condição irremovível em seu ser. O burrinho, a cruz, a bacia com água e a toalha para lavar e limpar os pés de seus discípulos nos fazem pensar em nossas atuais ênfases ministeriais, valores, estilo de liderança e gestão.

Precisamos buscar eficiência e eficácia em tudo, mas não podemos nos afastar do chamado para lidar com gente! Quem quer trabalhar com gente precisa aprender a ser gente, sentir cheiro de gente, avançar da simpatia a empatia. Não importa se estamos em um chão de fábrica, um escritório, vendendo um produto, liderando uma equipe, apertando um parafuso, varrendo uma calçada, lavando um prato ou passando roupa, o importante é imitar o Mestre!

Se Ele nos escolheu não precisamos hesitar. Jesus nos chamou por que Ele aposta em nós e com certeza vai ganhar a aposta. Jesus não se equivoca com seu foco de liderança, não se preocupe, Ele fará de nós um “sucesso” quando nos tornarmos capazes de acreditar em nós como Ele já acreditou, antes de nós mesmos! Não somos avaliados pela mesma lógica do mercado que apenas garante lugar para os melhores.

O saudoso Betinho dizia que “a modernidade criou um mundo menor que a humanidade”. Infelizmente, há muitos que se sentem “seres sobrantes”, até nas igrejas e na família. De volta à cruz, ao burrinho, à bacia com água e à toalha. Eis aí ferramentas de sucesso!

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